O fazer teatral, em si, ensina sobre relacionamentos, expectativas, conflitos e emoções humanas, configurando-se como atmosfera de trabalho cuja vivência em grupo torna significante a experiência. Na contemporaneidade, a variedade das formas teatrais e o reconhecimento da complexa e contínua formação do ser humano viabilizam o desenvolvimento de perspectivas pedagógicas e teatrais que ora focam sua prática, identificando o método de ensino e planejando a partir dele, e ora focam seu caráter educativo, considerando o engajamento emocional que o mesmo desencadeia a partir do drama representado.
Para alguns especialistas, “os estilos em teatro mudam radicalmente com o passar dos anos, pois as técnicas de teatro são técnicas de comunicação”, o que leva à alteração de métodos para atender às necessidades do tempo e espaço. Para outros, o método de improvisação no teatro busca o desenvolvimento da espontaneidade, aplicando-se tanto a processo de montagem temático (criação coletiva) quanto textual (apropriação de um texto dramático).
A relevância disso? Identificar forma e conteúdo como elementos simultâneos, nos quais o participante identifica detalhes do conteúdo, explorando-o através de focos precisos do tema ou do próprio texto.
O conhecimento que se espera atingir a partir disso? A imersão do aluno no contexto e na situação proposta, de forma a este perceber a complexidade da arte e das relações humanas. Ao longo da História, a preocupação com um teatro comprometido com a realidade social orientou atores e diretores em se inspirarem nessa realidade para mostrá-la objetivamente na representação proposta.
A razão disso? O desejo de que a sociedade se reconheça no texto representado, alcançando um exercício da autocrítica que oriente novas posturas sociais.
Uma leitura da história do teatro brasileiro leva o leitor a uma viagem pelos séculos XVI, XVII e XIX, destacando encenações ocorridas na Colônia (teatro jesuítico), no Império (dramas românticos e realistas), e na Primeira República (comédia). Em comum? A tentativa de retratar a realidade nacional, espelhando suas misérias sociais, bem como, a de difundir, questionar e defender nomes, ideais humanos, ideias sociais e memórias de lutas e conquistas.