20 C
Ribeirão Preto
28 de março de 2024 | 8:37
Jornal Tribuna Ribeirão
Início » A técnica, a economia e a ecologia (2)
Artigos

A técnica, a economia e a ecologia (2)

Dia 26 de outubro, em função de notícias que o governí­culo que aí está, tenta recriar Angra 3 e o submarino nuclear brasileiro aqui em Iperó, tive a oportunidade de traduzir em minha crônica sabatina, um parecer que apresentei ao Conselho Nacional do Meio Ambiente – CONAMA, enquan­to conselheiro que fui, o meu posicionamento, não apenas como ambientalista, isto sim, também, como Professor Universitário de Termodinâmica Química e Radioquímica, matérias intimamente ligadas à produção de energia nuclear, a qualidade de seus resíduos e acidentes por ela ocasionados. Como é possível ser feito, em um simples raciocínio, meu parecer foi totalmente contrário a Angra 2 e agora a Angra 3, para não comentar o submarino nuclear!

Dando segmento a tão importante assunto, esta crônica irá dar continuidade, se bem que um tanto filosófica a respeito dele.

Muito se tem comentado a respeito do “Desenvolvimento Sus­tentado”, sem até o momento, havê-lo definido. Onde caminharão a Economia, a Tecnologia e a Ecologia, no âmago de tal desenvolvi­mento? Quais as redescobertas e alterações comportamentais serão necessárias para haver o equilíbrio dos três parâmetros?

Atrás de tal tríade, como uma temerosa sombra que gradativamente se expande, situa-se a pobreza que está se transformando em miséria absoluta, assunto citado exaustiva­mente desde a Conferência das Nações Unidas e Desenvolvi­mento de 1992, até hoje.

A Economia, com todo o esforço que haja feito, baseada, via de regra em gráficos, tabelas e cálculos de tecnocratas de gabinete, apenas agravou o problema!

A Tecnologia, preocupada no progresso e principalmente sen­do usada para massagear o ego de algumas centenas de pesqui­sadores, permanece nos laboratórios e congressos, e dificilmente apresenta uma contribuição real à erradicação da pobreza.

A Ecologia, ainda engasgada em sua própria definição, enros­ca-se sobre si mesma, esquecendo que o ser humano- o predador primeiro da natureza, no entanto, tão frágil quanto muitas espé­cies em extinção, também faz parte do meio ambiente e quanto mais miserável, maior passa a ser seu potencial de destruição.

No lugar de uma crônica, fiz admoestações aos poderes constituídos e coisa e tal; assim gostaria que neste momento de transição em nossa querida “Terra Brasilis” tenhamos um pouco de bom senso, compreensão e muito respeito a tudo que de forma honesta e honrada ocorra em nosso querido país!!!!

Com a palavra, você, leitor(a) que teve a paciência de acompanhar estas minhas crônicas sabatinas. Tenhamos cré­dito em um mundo feliz! Estamos precisando.

Mais notícias