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20 de abril de 2024 | 0:34
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Política

Assembleia do Rio decide soltar Picciani, Melo e Albertassi

Por 39 votos a 19, a Assem­bleia Legislativa do Rio derru­bou nesta sexta-feira, 17, decre­to de prisão contra presidente da Casa, Jorge Picciani, e outros dois parlamentares do PMDB, Paulo Melo e Edson Albertassi.

Os deputados estaduais fo­ram presos nesta quinta-feira, 16, por decisão do Tribunal Regional Federal da 2ª Região. Dependia da aprovação dos parlamentares a manutenção da ordem da Corte. No entan­to, um parecer pela revogação das cautelares emitido pela Comissão de Constituição e Justiça da Casa foi endossado pelo plenário.

Presos em desdobramento da Operação Lava Jato, eles são investigados por crimes conexos com as demais fases das investi­gações no Rio: Saqueador, Cali­cute, Eficiência, Quinto do Ouro e Ponto Final.

Segundo a Polícia Federal, a investigação aponta a existência de clara atuação legislativa desses parlamentares em favor dos inte­resses da Fetranspor, indicando também uma grande evolução patrimonial dos envolvidos des­de que ingressaram na atividade política; e incompatível com os rendimentos inerentes aos cargos ocupados. A Receita Federal tam­bém auxiliou nas investigações.

A família Picciani foi um dos alvos do acordo de leni­ência da Carioca Engenharia em abril do ano passado. A matemática Tania Maria Silva Fontenelle, ligada à emprei­teira, afirmou que comprou vacas superfaturadas da em­presa Agrobilara Comércio e Participações Ltda para “gerar dinheiro em espécie” para a empreiteira. A Agrobilara per­tence à família Picciani.

“Agrobilara Comércio e Parti­cipações LTDA, mediante a com­pra, por empresa do grupo da Carioca Engenharia, de animais bovinos com preços superavalia­dos; que os animais (vacas) foram efetivamente entregues, porém parte do valor pago foi devolvida em espécie à Carioca Engenha­ria”, afirmou Tania.

A executiva ligada à Carioca afirmou que “simplesmente aten­dia as solicitações de obter dinhei­ro em espécie e entregava a quem fazia a solicitação ou a pessoas da empresa por eles indicadas”

“Obviamente sabia que a des­tinação dessas quantias era ilícita, para corrupção ou para doação eleitoral não-declarada; que, en­tretanto, não manteve contabi­lidade ou controle disso, pois es­tava há muitos anos na empresa, tinha a confiança dos acionistas e eram recursos não oficiais que normalmente entregava aos soli­citantes”, declarou.

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