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19 de abril de 2024 | 19:05
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Política

Desembargador do TRF-4 nega pedido de Lula

O desembargador João Pe­dro Gebran Neto, do Tribunal Regional Federal da 4.ª Região (TRF-4), negou pedido do ex­-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para que ele seja ouvido no­vamente antes de seu julgamento pela Corte de apelação da Ope­ração Lava Jato. A condenação de 9 anos e seis meses por cor­rupção e lavagem de dinheiro, imposta pelo juiz federal Sérgio Moro, em julho do ano passa­do, no caso triplex, será avaliada pelo TRF-4, no próximo dia 24.

Gebran Neto é um dos três desembargadores que vai julgar Lula no dia 24 de janeiro. Além de Gebran Neto, Leandro Paulsen e Victor Luis dos Santos Laus, da Oitava Turma da Corte, vão deci­dir se mantêm a condenação ou se reformam a sentença imposta por Moro ao petista.
A defesa do petista alegou que seu interrogatório por Moro, no dia 10 de maio de 2017, “foi to­talmente viciado”. Os advogados sustentaram que Moro “dirigiu a ele (Lula) perguntas estranhas ao processo” e “não permitiu ao ex­-presidente exercer o direito de autodefesa com plenitude”.

Ao indeferir o pedido da de­fesa de Lula, o desembargador Gebran Neto afirmou que a “de­terminação de novo interroga­tório exige o reconhecimento de eventual nulidade do primeiro, e tal compreensão, envolve o exame de matéria de fato, somente passí­vel de deliberação pelo Colegiado”.

“Não socorre a defesa o dis­posto no artigo 196 do Código de Processo Penal, no sentido de que ‘a todo tempo o juiz poderá proce­der a novo interrogatório de ofício ou a pedido fundamentado de qualquer das partes’, já que a previ­são se destina à instrução do feito, e não impositivamente ao juízo re­cursal”, afirmou o desembargador.

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