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29 de março de 2024 | 7:51
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Saúde

Esclareça o que é mito e o que é verdade quando o assunto é doação de sangue

MITO: Mulheres não pode doar sangue durante a menstruação

Segundo Camila Bezerra , chefe do Núcleo de Triagem de Sangue do Hemocentro de Brasília, as mulheres podem, sim, realizar doações no período menstrual. Entretanto, devem estar se sentindo bem, sem cólicas, porque a dor pode piorar durante a retirada do sangue. “No período menstrual, a pessoa perde cerca de 300ml de sangue, por isso mulheres têm intervalos maiores de doação. No dia da doação ela tem que se alimentar bem e se hidratar bastante, mas não deve ir sentindo cólica ou dor”, reforça a especialista.

MITO: Quem doa uma vez, tem que doar sempre

Não existe a obrigação de virar doador frequente após a primeira vez, essa é uma escolha do cidadão. Caso a pessoa decida doar frequentemente, deve respeitar o limite anual: cada mulher pode fazer até três doações anuais, e homens podem fazer até quatro de dois em dois meses.

MITO: Apenas pessoas que não possuem piercings e tatuagens podem doar

Após fazer piercing ou tatuagem, a pessoa deve esperar um ano até a próxima doação. E atenção: maquiagem definitiva, como micropigmentação de sobrancelha e outras, também impedem a doação de sangue pelos próximos 12 meses.

MITO: A doação é ruim para a saúde, já que retiram muito sangue

São retirados 450 ml de sangue em cada doação e o doador ganha um dia de abono do trabalho ou escola após a retirada. Quem realiza atividades físicas deve fazer uma pausa 12 horas antes e 12 horas após. Segundo a Fundação Pró Sangue, de São Paulo, o volume de plasma é reposto em 24 horas e dos glóbulos vermelhos em quatro semanas. A reposição do estoque de ferro em homens demora oito semanas e em mulheres, 12 semanas. Por isso há um intervalo a ser respeitado entre as doações.

MITO: É preciso estar em jejum para doar

Ao contrário de alguns exames de sangue, a doação de sangue não é feita em jejum. Na verdade, o doador deve estar bem alimentado e também descansado, tendo dormido no mínimo 6 horas e não ingerido bebida alcoólica nas últimas 12 horas. “No dia da doação tem que ir alimentado, pode beber muito suco, café. Pedimos que não tome leite ou derivados ou alimentos gordurosos. Geleia e biscoitos estão liberados, por exemplo. Depois da doação a pessoa recebe um lanche e pode seguir a vida normalmente, ingerindo muito líquido”, lembra Camila.

MITO: Quem teve dengue nunca mais pode doar sangue

Quem teve dengue ou chikungunya deve esperar um mês até a doação. Já aqueles que tiveram dengue hemorrágica têm que respeitar prazo maior, de seis meses. Como a zika é transmissível por relações sexuais, caso o parceiro tenha sido contaminado, o doador deve esperar três meses. Os doadores que estiveram em áreas endêmicas de malária, como região Norte, Maranhão e Mato Grosso, também devem aguardar um mês.

MITO: Menores de 18 anos e idosos não podem doar

Mediante permissão obrigatória dos pais ou responsáveis, jovens a partir dos 16 anos que estejam aptos à doação já podem contribuir. No caso de idosos, é permitida a doação caso ele tenha doado a primeira vez antes dos 60 anos.

Quem pode doar?

Podem doar cidadãos de 18 a 69 anos que pesem mais de 50kg e estejam em boas condições de saúde, não tomem medicação controlada, não tenham feito cirurgia nos últimos seis meses, tomado vacinas no último mês (algumas exigem pausa maior ou menor), não tenham feito tatuagens ou piercings nos últimos doze meses. É necessário levar documento oficial com foto e órgão expedidor (como o RG) ao local de coleta. Para tirar mais dúvidas, procure o hemocentro ou centro de coleta da sua cidade.

Fonte: Governo do Brasil

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