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20 de abril de 2024 | 1:07
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Política

Ex-vereador fará o exame da OAB

Walter Gomes (PTB), um dos nove ex-vereadores da legislatura anterior (2013-2016) investiga­dos na ação de apadrinhamento político da Operação Sevandija, prestará exame da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). O ex -presidente da Câmara de Ribei­rão Preto é bacharel em Direito e teve sua solicitação para fazer a prova aceita pelo juiz da 4ª Vara Criminal, Lúcio Alberto Eneas da Silva Ferreira. A primeira fase será aplicada em 18 de novem­bro, domingo.

Segundo o advogado Júlio Mossin, que defende Gomes na ação penal que investiga a relação da Companhia de De­senvolvimento Econômico (Co­derp) com a Atmosphera Cons­truções e Empreendimentos, do empresário Marcelo Plastino, que cometeu o suicídio há dois anos, em novembro de 2016, da Operação Sevandija, o ex-verea­dor estuda dia e noite e está con­fiante na aprovação.

Atualmente, Walter Gomes responde ao processo em liber­dade após passar um ano e oito meses preso preventivamente na Penitenciária de Tremembé. O ex-parlamentar é acusado de participação em organização criminosa por indicar apadri­nhados para cargos terceirizados pela Coderp. Em troca desses benefícios, segundo o Ministé­rio Público Estadual (MPE), ele apoiaria projetos de interesse da então prefeita Dárcy Vera (sem partido) na Câmara, na legislatura que terminou em 2016.

Ele e o também ex-presiden­te do Legislativo, Cícero Gomes da Silva (MDB), são acusados de receber propina durante o famoso cafezinho com Plastino. Ambos negam todas as acusações, dizem que as denúncias não procedem, que nada foi provado até agora e que vão comprovar inocência. Além dos dois, também são réus nesta ação penal os ex-ve­readores José Carlos de Oliveira, o Bebé (PSD), Antonio Carlos Capela Novas (PPS), Genival­do Gomes (PSD), Maurílio Ro­mano (PP), Samuel Zanferdini (PSD), Evaldo Mendonça, o Giló (PTB, genro de Dárcy Vera) e Saulo Rodrigues (PRB, o Pastor Saulo). Todos os acusados negam a prática de atos ilícitos.

Prazo para alegações finais – A Justiça de Ribeirão Preto abriu prazo de trinta dias para que os de­latores do processo que investiga irregularidades no contrato entre a Companhia de Desenvolvimen­to Econômico de Ribeirão Preto (Coderp) e a Atmosphera, apre­sentem seus argumentos finais no processo. Paulo de Abreu, sócio da empresa e Alexandra Ferreira, ex-namorada do empresário Marce­lo Plastino, que se suicidou em no­vembro de 2016, fecharam acordo com o MPE e são colaboradores no processo. Como a decisão tem data de 1º de novembro eles tem até o final do mês para apresentar seus argumentos.

Já partir de dezembro as defe­sas dos outros acusados também terão 30 dias de prazo – a sentença só deve sair em 2-19. Além dos ex-vereadores, também são réus nesta ação penal o ex-secretário municipal de Educação, Ângelo Invernizzi Lopes, os ex-supe­rintendentes da Coderp. Marco Antonio dos Santose Davi Man­sur Cury, o ex-secretário da Casa Civil Layr Luchesi Junior, os ad­vogados Sandro Rovani e Uesley Silvio Medeiros e os empresários Johnson Corrêa Dias e Simone Cicilini, além das ex-funcionárias da Coderp Maria Lúcia Pandolfo e Vanilza da Silva Daniel.

O processo da Sevandija en­volvendo a empresa Athmosfera e a Coderp ficou suspenso nos últi­mos seis meses em função de um pedido da defesa do ex-secretário da Educação de Ribeirão Preto ao Superior Tribunal de Justiça (STJ). No pedido, a defesa alegava que os recursos dos contratos investi­gados pela Polícia Federal e pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público de São Paulo vieram da União e, por­tanto, o caso, deveria se investiga­do pelo Ministério Público Fede­ral. No dia 23 de outubro, a Sexta Turma do STJ decidiu, por unani­midade, manter o julgamento da ação na Justiça Estadual.

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