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29 de março de 2024 | 8:12
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Facebook divulga respostas sobre privacidade enviadas ao Congresso americano

O Facebook divulgou, em uma postagem em seu site oficial, algumas das respostas enviadas às duvidas dos membros do Congresso americano sobre o funcionamento da rede social. Os questionamentos foram enviados depois que novos escândalos envolvendo a privacidade dos usuários do Facebook foram divulgados pela imprensa e pela própria empresa, na semana passada.

A senadora Amy Klobuchar perguntou sobre as recentes informações de violação de dados de usuários. Klobuchar queria saber se a empresa apoiara uma legislação que exige a notificação de usuários em até 72 h depois que foi constatada a violação. A rede social disse que é aberta a tais exigências, mas que a situação é complicada porque nos Estados Unidos não há uma autoridade central, como existe na União Europeia.

O Facebook também abordou questões sobre como coleta dados dos usuários e informações de não usuários. A empresa informou que recebe informações sobre usuários de sites que usam uma área de comentários do Facebook incorporada. A rede social disse que não tem como identificar se esses usuários têm ou não uma conta no Facebook e garante que não cria um perfil sobre eles.

Já com os usuários que possuem contas na rede social, a coleta de informações acontece por meio de curtidas, compartilhamentos e comentários em sites de terceiros. Essas informações permitem que a empresa compile uma grande quantidade de informações sobre os hábitos de navegação na internet dessas pessoas.

A empresa disse que cada site é livre para fornecer informações adicionais sobre a atividade de seus usuários. É assim que o Facebook sabe se, por exemplo, uma pessoa que usou a conta da rede social para pular o cadastro em um e-coomerce concluiu ou não determinada compra.

A rede social disse ainda que também usa uma tecnologia que coleta informações do comportamento dos seus usuários depois que clicam em um anúncio do Facebook. Esses dados são repassados para os anunciantes.

“Esse é um recurso padrão da internet, e a maioria dos sites e aplicativos compartilha essas mesmas informações com vários terceiros diferentes sempre que as pessoas visitam seu site ou aplicativo”, afirmou a empresa, citando o Google como outra empresa com práticas similares de coleta de dados.

A rede social disse que também usa dados de usuário garantidos por terceiros para segmentar os anúncios oferecidos na plataforma. Entre as informações que são usadas estão as ações e compras online e off-line das pessoas.

Algumas empresas já se atentaram para isso. A Apple anunciou na semana passada que forneceria novos recursos de privacidade em seu navegador, o Safari. A novidade bloquearia o tipo de coleta de dados que o Facebook faz com terceiros.

Depoimento

Em abril, Mark Zuckerberg esteve no Senado e na Câmara dos Deputados dos Estados Unidos em dois dias de longas sessões de tira-dúvidas dos parlamentares. O executivo da rede social foi convocado depois que veio à tona o escândalo do Cambridge Analytica, em que dados de 84 milhões de usuários foram usados indevidamente.

O pedido para novas explicações aconteceu na semana passada, depois que o The New York Times publicou que a rede social compartilhava informações com ao menos 60 fabricantes de aparelhos tecnológicos.

Dias depois, o próprio Facebook divulgou que uma falha no software da plataforma fez com que publicações de alguns usuários da rede que estavam assinaladas para serem privadas ou compartilhadas apenas com amigos, foram publicadas de modo público. A empresa disse que 14 milhões de usuários compartilharam informações pessoais com as pessoas sem saber durante dez dias em maio.

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