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18 de abril de 2024 | 2:25
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Geddel e Estevão vão para ala de segurança máxima

A juíza Leila Cury, da Vara de Execuções Penais do Distri­to Federal, determinou nesta quinta-feira, 19, a transferência imediata do ex-senador Luiz Es­tevão (MDB-DF) e do ex-minis­tro Geddel Vieira Lima (MDB -BA) para a ala de segurança máxima do Complexo da Pa­puda, em Brasília. A decisão foi tomada após denúncias de que os políticos mantinham regalias irregulares dentro de suas celas.

A juíza determinou ainda a transferência do ex-deputado Márcio Junqueira para a ala de segurança máxima. Junqueira foi flagrado em ação controla­da da Polícia Federal repassan­do dinheiro a uma testemunha ligada ao PP.

“Luiz Estevão, Geddel e Márcio Henrique são pessoas públicas, que já ocuparam car­gos de alto escalão nos Poderes Executivo e Legislativo Federais. Nesse sentido, considerando a diferença entre o poder aquisiti­vo deles e do restante da massa carcerária, bem como a noto­riedade dada às suas prisões e a influência política que ainda demonstram possuir, mostra-se recomendável a adoção de medidas preventivas no sentido de mantê-los separados, a fim de resguardar suas respectivas integridades físicas e também primar pela manutenção da se­gurança e da estabilidade carce­rárias, além do aumento do nú­mero de vagas”, escreveu a juíza em sua decisão.

Na avaliação da magistra­da, a transferência dos políticos será “positiva”. “No sentido de possibilitar maior atenção às suas necessidades, em ambiente onde serão mais bem monito­rados, inclusive por unidade de saúde localizada nas dependên­cias do próprio Bloco F da PDF I, mas sem tornar obsoletas va­gas que podem vir a ser ocupa­das por outros internos em um sistema superlotado”.

A ala para onde vão os dois políticos abriga presos que apresentam vulnerabilidade em relação aos demais e que não podem ter contato com os que não tenham o mesmo perfil que eles. O objetivo, de acordo com a juíza, é evitar que sejam alvos de crimes.

Em junho, a Polícia Civil fez buscas nas celas de Ged­del e Estevão, no âmbito da Operação Bastilha. Os agentes apreenderam pen drives e cho­colates, atribuídos a Estevão, e anotações que seriam de Ged­del. Estevão foi condenado a 26 anos de reclusão por des­vios de recursos públicos nas obras do Fórum Trabalhista de São Paulo. Geddel foi preso no ano passado depois que a Polícia Federal descobriu um bunker atribuído a ele, em Sal­vador, com R$ 51 milhões em dinheiro vivo.

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