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18 de abril de 2024 | 17:09
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HC de Ribeirão iniciou hoje série de cirurgias em crianças siamesas unidas pela cabeça

Hospital das Clínicas - HC USP_Crianças_Siamesas / Divulgação

As crianças siamesas Maria Ysabelle e Maria Ysadora, que nasceram unidas pela cabeça, estão internadas no Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto desde a manhã desta sexta-feira, 16 de fevereiro, e passaram por vários exames pré-operatórios. Na manhã deste sábado (17), as irmãs de um ano e sete meses foram submetidas à primeira de uma série de quatro cirurgias – com intervalo de dois meses entre cada intervenção – num procedimento completo que deve durar um ano.

Esta cirurgia foi realizada pelas equipes da Neurocirurgia Pediátrica e Cirurgia Plástica do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto e foi comandada pelo professor Hélio Machado. A cirurgia terminou por volta das 15h. Ela foi executada conforme o planejamento traçado pelas equipes brasileiras e a americana.

A operação também teve o cirurgião James Goodrich, do Montefiore Medical Center de Nova York (EUA), responsável por 20 cirurgias semelhantes, todas com sucesso.

Maria Ysabelle e Maria Ysadora, nasceram com os crânios colados. O procedimento inédito vem sendo estudado há mais de um ano. As irmãs são de Patacas, no distrito de Aquiraz, na região metropolitana de Fortaleza, no Ceará. Elas têm boa saúde e se desenvolvem de acordo com as crianças da mesma idade – desenvolvimento compatível.

O procedimento é complexo e minucioso. Além dos exames, que vêm ocorrendo desde que a equipe foi acionada, um molde tridimensional dos cérebros foi criado para que os profissionais envolvidos planejassem a cirurgia.

A estrutura de estudo apresenta detalhes de veias e artérias. Um detalhe importante e que favorece o procedimento cirúrgico é o fato, que apesar de nascerem “coladas”, cérebro e artérias não são. Os envolvidos na cirurgia trabalham com a ideia de que o cérebro tem a capacidade de neuroplasticidade, o que grosso modo, seria como pudesse se regenerar após trauma ou doenças.

Divulgação/ HC

Além dos exames, que vêm ocorrendo desde que a equipe foi acionada, um molde tridimensional dos cérebros foi criado para que os profissionais envolvidos planejassem a cirurgia

 

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