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19 de abril de 2024 | 6:25
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Polícia

Joesley diz à PGR que pagava mensalinho a Aécio Neves

O empresário Joesley Batista afirmou à Procuradoria-Geral da república que pagou R$ 50 mil por mês a Aécio Neves (PSDB­-MG), ao longo de dois anos. por meio de uma rádio da qual o se­nador era sócio.

Os pagamentos, de acordo com Joesley, foram solicitados diretamente pelo tucano em um encontro no Rio, no qual Aécio disse que usaria o dinheiro para ‘custeio mensal de suas despesas’, segundo palavras da JBS.

O empresário entregou aos procuradores 16 notas fiscais emitidas entre 2015 e 2017 pela Rádio Arco Íris, afiliada da Jo­vem Pan em Belo horizonte. A JBS figura nas notas como a empresa cobrada.

As notas fiscais têm como justificativa a prestação de “ser­viço de publicidade” e trazem a descrição de que o valor mensal era de “patrocínio do Jornal da Manhã”, um dos programas da rádio. Pela soma das notas fis­cais, a JBS pagou à rádio da fa­mília de Aécio R$ 864 mil.

Nas declarações de Imposto de Renda do tucano, obtidas pela PGR mediante quebra de sigilo autorizada pelo Supremo, o valor declarado das mesmas cotas em 2014 e 2015 foi de R$ 700 mil. Com o negócio com a irmã, o patrimônio declarado de Aécio chegou a R$ 8 milhões em 2016.

No relato aos procurado­res, Joesley disse não saber se algum serviço de publicidade foi de fato prestado pela rádio Arco Íris, mas forçou que o ob­jetivo dele foi repassar os R$ 50 mil mensais a fim de manter um bom relacionamento com o senador, que tinha sido can­didato à Presidência em 2014 e poderia voltar a ser em 2018.

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