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20 de abril de 2024 | 9:40
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Ciência e Tecnologia

Mercado de tablets tem retração pelo 15º trimestre seguido

Uma pesquisa conduzida pela empresa estadunidense International Data Group mostrou que o setor de tablets continua seu ritmo de retração ano a ano. Ao apresentar queda de 13,5% durante o segundo trimestre de 2018, o nicho segue um declínio de 15 trimestres consecutivos em comparação ano a ano. Foram 33 milhões de unidades despachadas entre abril e junho deste ano contra 38 milhões de unidades durante o mesmo período de 2017.

Tornando as coisas ainda mais preocupantes, os dois primeiros trimestres de 2018 foram os primeiros a mostrar desaceleração de dois dígitos. Ao longo do ano passado, registravam-se quedas de apenas um dígito por trimestre – também na comparação ano a ano, não sequencial. A pesquisa da IDC não se concentrou apenas no formato mais típico de tablets, entretanto. Também foram contabilizados aparelhos híbridos, com teclado acoplável.

Apple ainda na liderança

A despeito do cenário geral desanimador, a alguns apostadores do setor ainda apresentaram bons resultados. A Apple, por exemplo, manteve a sua liderança durante o último trimestre, formando um pódio com Samsung e Huawei em segundo e terceiro lugares, respectivamente. De fato, os cinco principais fabricantes detiveram uma participação de mercado de 71,2% no trimestre, em comparação com os 65,8% do ano passado.

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Entretanto, essa liderança acentuada é também mais um indício de que os tablets não vão bem mundo afora. Senão, basta olhar para os resultados da própria Maçã: os 5% ganhos na fatia de mercado se devem a um aumento relativamente modesto de apenas 100 mil unidades de iPads despachadas. Em outros termos, fica mais fácil aumentar a participação em um setor com encolhimento geral – em que vários players menores são normalmente os primeiros a caírem.

Mesmo com retração seguida do mercado de tablets, Apple despachou 100 mil unidades a mais e teve crescimento de 1,5 ponto percentual em sua participação de mercado. (Foto: reprodução/Apple).

 

A Samsung, por outro lado, mesmo despachando 1 milhão de tablets a mais em relação a igual período de 2017, ainda acabou por perder 0,5% de sua participação. A sul-coreana teve decréscimos nos pedidos tantos dos tablets quando de seus híbridos com teclado – embora o lançamento do Galaxy Tab S4 e do Galaxy Tat A 10.5 possa mudar consideravelmente esse cenário.

Mas pelo menos mais uma gigante conseguiu espaço para crescer ano a ano. A Huawei despachou 300 mil tablets a mais em relação ao segundo trimestre de 2017, fechando o período com 2,1 pontos percentuais a mais de participação de mercado. Já a Lenovoperdeu 0,3 ponto percentual em razão de um decréscimo de 200 mil unidades. Tombo menor do que o da Amazon, entretanto, cuja queda de 800 mil unidades levou à perda de 1,5 ponto percentual em relação ao mesmo período de 2017.

A luz acoplável no fim do túnel

Em termos numéricos, 2018 tem apresentado resultados muito similares aos do ano passado. Entretanto, há pelo menos uma luz no fim do túnel: o mercado de tablets híbridos, à la Microsoft Surface e similares, parece ensaiar uma reerguida de todo o setor; isso caso consiga aparecer com produtos de entrada, a fim de estratificar mais a oferta, cobrindo faixas de renda mais variadas.

“O mercado de desacopláveis se encontra em uma fase crucial, e tem sido guiado sobretudo por produtos de ponta da Microsoft e da Apple, com crescimento reduzido nos meses recentes”, disse o analista da IDC Jitesh Ubrani, em nota oficial. “Embora consumidores e negócios igualmente tenham mostrado interesse pelo design desacoplável, quem opera com orçamentos mais apertados tem poucas opções disponíveis, então acabam voltando para os PCs tradicionais.”

Aparelhos como o Surface Go ou os híbridos baseados no Chrome OS podem ser o elemento que falta para o setor de tablets voltar a crescer. (Foto: reprodução/Microsoft).

Para Ubrani, lançamentos como o Surface Go e os híbridos baseados no Chrome OS – além de uma eventual versão de entrada do iPad Pro em um futuro próximo – podem mudar a direção atual do mercado. “Os híbridos tem um futuro brilhante à frente, desde que apresentem performances e linhas de softwares que possam se adequar às expectativas dos usuários”, conclui.

Fonte: IDC

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