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20 de abril de 2024 | 10:42
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Política

Morador de rua – Câmara aprova plano de política municipal

A Câmara de Vereadores aprovou, na noite desta quin­ta-feira, 1º de novembro, o pro­jeto de lei do prefeito Duarte Nogueira Júnior (PSDB) que cria a política municipal para moradores em situação de rua em Ribeirão Preto. A proposta passou com unanimidade de votos – 26 a favor, já que o pre­sidente do Legislativo, Igor Oli­veira (MDB), só vota em caso de empate. Agora, será criada uma rede integrada com a participa­ção das entidades da sociedade civil. A nova legislação atende às orientações e tipificações da legislação federal de assistência social e também as regras esta­duais que tratam do assunto.

O projeto segue agora para a sanção do prefeito e publica­ção da lei no Diário Oficial do Município (DOM). “Já existem várias iniciativas legislativas de outros municípios e Estados buscando resgatar a cidadania e a dignidade dessas pessoas, bem como reintegrá-los no mercado de trabalho. Com o presente projeto, a administração muni­cipal busca oferecer serviços e programas voltados à população de rua, através de uma rede inte­grada que envolverá os diferen­tes serviços públicos existentes no município”, diz o texto.

O município também po­derá instituir um Comitê Inter­setorial de Acompanhamento e Monitoramento composto pa­ritariamente por representantes da sociedade civil e das secreta­rias municipais que tenham atri­buições relacionadas, direta ou indiretamente, com o problema, cabendo à Secretaria Municipal de Assistência Social (Semas) a formação deste comitê .

Mais de três mil moradores de rua – Segundo levantamento feito pelo Instituto Limite, que realiza o Serviço Especial de Abordagem Social (Seas) para a Secretaria Municipal de Assistên­cia Social, Ribeirão Preto possui atualmente cadastrados 3.405 moradores de rua, dos quais 2.861 são oriundos de outros municí­pios. O estudo revela também que a região com maior concentra­ção é a da “Baixada”, no Centro Velho, onde foram cadastrados 2.751 moradores de rua.

Isso não significa, contudo, que este contingente permane­ça fixo no local. Segundo dados do instituto, apenas três de cada dez moradores de rua abor­dados se mostram dispostos a deixar as ruas. Já a Secretaria Municipal de Assistência Social afirma que 440 pessoas já foram encaminhadas para clínicas de recuperação graças ao trabalho feito pelo município em parceria com o Programa Recomeço, do governo paulista.

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