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19 de abril de 2024 | 16:33
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Polícia

Munição usada veio de lote vendido para a PF

A munição da pistola 9mm utilizada pelos criminosos que mataram a vereadora Marielle Franco e o motorista Anderson Pedro Gomes veio de um lote vendido para a Polícia Federal de Brasília em 2006. De acordo com informações do “RJTV”, da TV Globo, as polícias Civil e Federal vão iniciar um trabalho conjunto de rastreamento para tentar des­cobrir se houve desvio do mate­rial. De acordo com a perícia da Divisão de Homicídios, o lote de munição UZZ-18 é original, ou seja, não foi recarregada.

Segundo a TV Globo, os lotes de munições foram vendidos à PF de Brasília pela empresa CBC no dia 29 de dezembro de 2006, com as notas fiscais número 220-821 e 220-822. Em uma nova perícia feita no fim da tarde desta quinta­-feira, ficou constatado que 13 disparos atingiram o veículo em que Marielle estava: nove na la­taria e quatro no vidro. Ainda de acordo com a TV Globo, o carro usado pelos criminosos tinha a placa clonada. Estão sendo feitas buscas na Baixada Fluminense pelo veículo.

Celulares – Os criminosos deixaram para trás R$ 346 e três celulares que estavam com as vítimas dentro do Chevrolet Agile branco da vereadora. O dinheiro e os aparelhos foram apreendidos por agentes da De­legacia de Homicídios (DH), que investigam o crime. Para investigadores, o fato de nada ter sido levado comprova a linha de investigação de que Marielle foi

a saída de Marielle do local, na Rua dos Inválidos, o carro segue o Cobalt.

A polícia trabalha com a hi­pótese de o segundo carro ter entrado na frente do veículo onde estava a vereadora, para facilitar o trabalho do atirador, que vinha no outro veículo. As câmeras da prefeitura, entretanto, não mos­tram o local do crime, só partes do trajeto feitos pelos carros, da Lapa até o Estácio. A polícia tam­bém já sabe a rota de fuga dos criminosos: eles entraram na Rua Joaquim Palhares, sentido Leo­poldina, onde poderiam pegar a Avenida Brasil ou a ponte Rio-Ni­terói. Novas câmeras estão sendo analisadas para desvendar o resto da rota dos criminosos.

Duas testemunhas já pres­taram depoimento. Uma delas foi a assessora da parlamentar que sobreviveu ao ataque. Ela ficou ferida por estilhaços e foi ouvida pela polícia por quase cinco horas na DH.

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