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18 de abril de 2024 | 6:24
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Polícia

Professores: 51% já sofreram agressões

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Agressão verbal ou física, furto, discriminação e bullying são tipos de violência que, in­felizmente, estão presentes no dia a dia da maioria das escolas estaduais de São Paulo. Uma pesquisa realizada pelo Instituto Locomotiva, a pedido do Sindi­cato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp), aponta que 85% dos professores souberam de casos de violência nas unidades pau­listas onde trabalham e 51% afir­maram que já foram vítimas de violência no ambiente escolar. O estudo inédito será apresentado nesta quarta-feira (27).

Entre as situações de violência que mais da metade dos professo­res afirma já ter sofrido, 44% fala­ram em agressão verbal, 9% em discriminação, 8% em bullyng e 5% em agressão física. O problema não é de hoje e tem aumentado no decorrer dos últimos anos, atin­gindo índices alarmantes. O per­centual de professores que declara ter sofrido algum tipo de violência na escola em que trabalha passou de 44%, na pesquisa de 2013/2014, para os atuais 51%. Já o número de alunos vítimas de violência saltou de 28% para 39%.

Além de professores e estudan­tes da rede estadual de ensino de São Paulo, a pesquisa ouviu tam­bém pais de estudantes e a popula­ção, que demonstram grande pre­ocupação em relação ao aumento da violência nas escolas públicas estaduais. Para 87% da população, 79% dos pais, 73% dos estudantes e 84% dos professores, a violência nas escolas estaduais aumentou nos últimos anos. A sensação de insegurança nas escolas estaduais também é alta, sendo que 45% dos pais, 48% dos estudantes e 37% dos professores não se sentem se­guros dentro da própria escola.

Outro dado que chama a aten­ção é que aumentou a percepção de estudantes e professores que classificam suas escolas como vio­lentas. Em 2013/2014, 70% dos estudantes e 57% dos professores disseram que suas escolas eram violentas. Em 2017, o índice subiu para 72% e 61%, respectivamente.

Causas da violência – Para a população, pais e estudantes, dro­gas e álcool, o conflito entre estu­dantes e a falta de policiamento são as principais causas que con­tribuem para a violência nas es­colas estaduais de São Paulo. Já os professores acreditam que a edu­cação em casa é fator preponde­rante para as situações de conflitos.

Soluções – O Instituto Loco­motiva também ouviu a opinião dos entrevistados em relação às medidas que poderiam ser toma­das para ajudar na redução dos ca­sos violências nas escolas estaduais de São Paulo. Todos os públicos apontam que é preciso investir em cultura e lazer e aumentar o poli­ciamento ao redor da escola.

Metodologia – A pesquisa Violência nas escolas estaduais de São Paulo ouviu 2.553 pesso­as, sendo 649 entrevistas com a população maior de 18 anos, 600 pais e mães de estudantes, 602 es­tudantes e 702 professores da rede estadual de ensino de São Paulo. As entrevistas foram realizadas en­tre os dias 1º e 11 de setembro de 2017, em todas as regiões do Esta­do de São Paulo.

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