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20 de abril de 2024 | 5:23
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JF PIMENTA/ESPECIAL PARA O TRIBUNA
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Saúde

Ribeirão Preto – Isolamento social continua em 39%

Sistema de Monitoramen­to Inteligente (SIMI-SP) do governo de São Paulo mostra que o percentual de isola­mento social no estado conti­nuava em 47% na quarta-fei­ra, 13 de maio, mesmo índice do dia anterior, considerado insuficiente para a flexibiliza­ção das atividades econômi­cas e de prestação de serviços consideradas não essenciais – cidades com média abaixo de 50% devem manter a quaren­tena por causa da pandemia do novo coronavírus.

Na capital ficou em 48%. A taxa de isolamento social em Ribeirão Preto segue bem abaixo dos padrões. Nesta quarta-feira, continuava em 39%, mesmo índice de ter­ça-feira. Na segunda-feira (11), estava em 40% – chegou a 38% na sexta-feira (8), su­biu para 44% no dia seguin­te e ficou em 48% em pleno domingo (10). Antes, o pior índice do mês havia sido constatado no dia 6, de ape­nas 39%, e depois foi a 41% no dia 7.

O Simi-SP faz o levanta­mento em mais cinco cidades da região: Barretos (44%), Be­bedouro (53%), Franca (43%), Jaboticabal (43%) e Sertãozi­nho (48%). O ideal, segundo a Organização Mundial de Saú­de (OMS), é de 70%, e o aceitá­vel de 50%. Mapeamento feito pela Companhia de Desenvol­vimento Econômico de Ribei­rão Preto (Coderp) indica que a região Central e a Zona Sul concentram mais casos confir­mados de covid-19.

O movimento no calçadão continua intenso, mesmo com a maioria das lojas fechadas. A quantidade de veículos nas ruas da cidade também au­mentou nos últimos dias. Mui­ta gente sai de casa para fazer compras em supermercados e hipermercados, padarias, açougues, farmácias e droga­rias. Também vai receber pa­gamento ou benefício e quitar contas em bancos e lotéricas, serviços essenciais autorizados a atender o público durante a pandemia do novo coronaví­rus, mas respeitando as regras de distanciamento e higiene.

Lockdown
Um modelo matemático desenvolvido na Universidade Estadual de Campinas (Uni­camp) indica que, caso o isola­mento social no estado de São Paulo não aumente nos próxi­mos dias para conter a disse­minação da covid-19, a adoção de lockdown (isolamento total obrigatório) será necessária para evitar que o sistema pú­blico de saúde atinja o limite da capacidade de atendimento.

O estudo, divulgado na ter­ça-feira (12), é baseado em um modelo matemático desenvol­vido pelo professor do Institu­to de Geociências da Unicamp e coordenador do Programa Especial Indicadores de Ciên­cia, Tecnologia e Inovação da Fundação de Amparo à Pes­quisa (Fapesp), o matemático Renato Pedrosa.

O modelo utiliza dados reais do crescimento do nú­mero de casos de covid-19 do mês de abril em São Paulo, que indicam taxa de contágio da doença de 1,49 para o estado e de 1,44 para a capital. Essa taxa significa que, no final de abril, cada 100 paulistas infectados pelo novo coronavírus trans­mitiam o coronavírus para 149 pessoas, em média, ao longo de um período de cerca de 7,5 dias após se contaminar.

No caso dos paulistanos, habitantes da capital, 100 de­les infectavam 144 pessoas no período de 7,5 dias. A taxa de contágio é afetada diretamen­te pelo nível de isolamento social da localidade analisada, ou seja, quanto maior o nível de isolamento, menor é a taxa de contágio, já que, com maior isolamento, o encontro entre as pessoas diminui e, conse­quentemente, de transmissão da doença.

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