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19 de abril de 2024 | 7:32
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Ribeirão Preto tem o 24º PIB do Brasil

A pesquisa “Produto Inter­no Bruto – PIB dos Municípios 2010-2015”, divulgada pelo Ins­tituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em dezem­bro, mostra que Ribeirão Preto é desigual quando o assunto é distribuição de renda. Apesar de ser a 24ª cidade que mais produz riquezas no País, é apenas a 403ª no ranking do PIB per capita.

Segundo o estudo, com dados de 2015, quando Ri­beirão Preto tinha 666.323 habitantes, de acordo com o próprio IBGE, o PIB da ci­dade era de R$ 27,8 bilhões, o 24º do Brasil, apesar de ser quase 1% inferior ao de 2014, de R$ 28,08 bilhões, queda de R$ 280 milhões. A participa­ção na produção das riquezas nacionais é de 0,46% – era de 0,49% no período anterior. Em 2013, o município estava na 27ª posição do ranking, com valor de R$ 23,5 bilhões.

No ranking estadual, Ri­beirão Preto também galgou uma posição entre 2014 e 2015, subindo do 11º para o 10º lugar – era o 12ª em 2013. Está atrás da capital São Paulo (primeira do ranking nacio­nal), Osasco (oitava), Cam­pinas (11ª), Guarulhos (12ª), Barueri (14ª), São Bernar­do do Campo (16ª), Jundiaí (17ª), São José dos Campos (18ª) e Sorocaba (21ª) – pas­sou Santo André. A partici­pação do PIB ribeirão-preta­no na produção de riquezas no Estado é de 1,43%, contra 1,44% do estudo anterior.

O Produto Interno Bruto ribeirão-pretano é superior ao de 15 capitais de Estado. Mas que mais preocupa é o PIB per capita – divisão da produção local pelo número de habitantes. O valor que cada trabalhador da cidade recebe por ano caiu 2,21%, de R$ 42.682,19 para R$ 41.736,07, corte de R$ 946,12, acima de um salário mínimo (R$ 937) – o vencimento mé­dio no município em 2015 era de três mínimos, cerca de R$ 2.811,00 no valor atual. Ribeirão Preto ocupa a 403ª colocação no ranking nacio­nal da distribuição de renda e o 88º lugar no estadual.

Os dados por segmentos mostram que Ribeirão Preto pode ter encontrado sua “vo­cação industrial”. A indústria local contribuiu com R$ 3,4 bilhões para o PIB municipal de 2015, com participação de 0,29% na produção nacional. Galgou 19 posições, saltan­do da 86ª para a 67ª. O valor também aumentou 23,6% – era de R$ 2,75 bilhões, com aporte de R$ 650 milhões. O impacto na economia brasi­leira em 2014 era de 0,23%.

Já o setor de serviços segue sendo o mais forte de Ribei­rão Preto, com valor estimado em R$ 18,81 bilhões em 2015, o 18º do País – era o 17º em 2014, com R$ 19,57 milhões: a queda foi de 3,88% ou R$ 760 milhões. A participação do se­tor na riqueza nacional estava em 0,66% em 2015. Apesar do título de “Capital do Agrone­gócio” e a realização anual da Agrishow, a produção agrícola no município é pífia.

O PIB da agropecuária ge­rou apenas R$ 78,5 milhões (não aparece na lista dos 100 maiores do setor). No setor de administração, defesa, educa­ção, a saúde pública e seguri­dade social Ribeirão Preto tem o 33º maior PIB do País, de R$ 2,61 bilhões, com participação de 0,3% no nacional. De 2013 para 2014 o valor das riquezas produzidas na cidade saltou de R$ 23,51 bilhões para R$ 28,08 bilhões, alta de 19,4% e acrés­cimo de R$ 4,57 bilhões.

Nacional
Em 2015, apenas sete dos 5.570 municípios do país respondiam por aproxima­damente 25% do Produto In­terno Bruto (PIB, a soma de todas as riquezas produzidas no país): São Paulo, Rio de Ja­neiro, Brasília, Belo Horizon­te, Curitiba, Porto Alegre e Manaus. Palmas foi a capital com o menor PIB.

Em 2015, esses sete muni­cípios concentravam cerca de 14,3% da população brasileira, estimada na época em pouco mais de 204 milhões de pessoas.

A pesquisa do IBGE mos­tra desigualdades regionais, tanto do ponto de vista da concentração das riquezas quanto da distribuição en­tre a população. Indica, por exemplo, que em 2015, os dez municípios com os maiores PIB per capita somaram 1,3% de todo o produto brasileiro e apenas 0,1% da população do país.

O maior PIB per capita de 2015, que na média do país chegou a R$ 29,323 mil, foi o do município Presidente Ke­nnedy, no Espírito Santo, com R$ 513,134 mil. Em seguida, pela ordem vêm os municí­pios de Paulínia e Louveira (ambos em São Paulo, com respectivamente, R$ 276,972 mil e R$ 271, 206 ); Triunfo (RS); Selvíria (MS); Gavião Peixoto e Ilha Bela (ambos também em São Paulo); São Francisco do Conde (BA); São João da Barra (RJ); e Ara­porã (MG). Na outra ponta, Novo Triunfo, na Bahia apa­rece como o município de menor renda per capita entre todos os 5.570 municípios da Federação: R$ 3 369,79.

Segundo o levantamento do IBGE, quando agregados, os 64 municípios de maior PIB concentram aproximadamen­te a metade do PIB nacional e 33,3% da população. Em con­trapartida, os 1.353 municípios que em 2015 pertenciam à últi­ma faixa de influência sobre as riquezas do país, responderam por aproximadamente 1% do PIB e concentraram apenas 3,2% da população.

A riqueza na cidade
PIB de 2015: R$ 27,8 bilhões
Ranking nacional: 24º
Participação: 0,46%
Ranking estadual: 10º
Participação: 1,43%
PIB per capita: R$ 41.736,07
Ranking nacional: 403º
Ranking estadual: 88º
PIB de serviços: R$ 18,81 bilhões
Ranking e participação: 18º e 0,66%
PIB da indústria: R$ 3,4 bilhões
Ranking e participação: 67º e 0,29%
PIB da agropecuária: R$ 78,5 milhões
Não aparece no ranking

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