A produção brasileira de grãos na safra de 2018 deve ser menor que a anterior, e mesmo assim será a segunda maior da história, segundo levantamentos divulgados nesta quinta-feira, 8 de fevereiro, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
Segundo o IBGE, a safra agrícola de 2018 deve totalizar 226,1 milhões de toneladas, uma queda de 6% em relação à produção de 2017, o equivalente a 14,5 milhões de toneladas a menos. Os dados são da primeira estimativa do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA) de fevereiro.
O resultado é 1,8 milhão de toneladas maior, alta de 0,8%, ante o estimado pelo terceiro prognóstico, divulgado em janeiro, que apontava para uma produção de 224,3 milhões de toneladas. Em 2017, a safra somou 240,6 milhões de toneladas, resultado 29,5% maior que o de 2016, ou 54,8 milhões de toneladas a mais, de acordo com o IBGE. Ainda na primeira estimativa de 2018 para a safra, o IBGE aponta para uma área plantada de 61,220 milhões de hectares, alta de 0,1% ante a área plantada em 2017.
Já a Conab diz que a safra pode atingir 225,6 milhões de toneladas, o que corresponde a uma queda de 5,1% em relação à passada, que foi a maior de toda a história (237,7 milhões de toneladas). A deste ano deve ficar em segundo lugar. Em relação à previsão anterior, de janeiro, houve queda de 1,1% (menos 2,38 milhões de toneladas). Os dados fazem parte do 5º Levantamento da Safra de Grãos 2017/2018.
Conforme a Conab, “apesar desse resultado ser 5,1% menor que o da última safra, a expectativa é que a produção expresse o comportamento normal de safras anteriores e essa redução ocorre, sobretudo, em virtude da última safra ter sido excepcional”.
Com um crescimento de cerca de 0,2%, a área total ultrapassou os 61 milhões de hectares. A pesquisa foi feita nos principais centros produtores de grãos no País, entre os dias 21 e 27 de janeiro. O governo federal liberou R$ 12,5 bilhões para financiar a safra agrícola de 2018 e 2019.