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19 de abril de 2024 | 2:37
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Economia

Sertãozinho puxa emprego industrial

A geração de postos de tra­balho pela indústria paulista teve um saldo positivo de dez mil vagas em março, revelam a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e o Centro das Indústrias do Es­tado de São Paulo (Ciesp). O resultado supera o registrado em igual mês de 2017 (9.500 vagas), represen-tando uma alta mensal de 0,48% na com­paração sem ajuste sazonal.

No primeiro trimestre de 2018, a geração de vagas no se­tor industrial paulista chegou à marca de 23 mil, melhor nível desde 2013, quando haviam sido criadas 34.500 vagas. O setor que mais contribuiu para o volume mensal foi o sucroal­cooleiro, com 5.183 vagas (52% do total), beneficiado pela épo­ca de safra da cana-de-açúcar. Já no acumulado do ano, o seg­mento contribuiu com 6.657 postos de trabalho. Pela defini­ção adotada pela Fiesp, os em­pregos no setor sucroalcooleiro compreendem as atividades de “fabricação de açúcar bruto”, “fabricação de açúcar refinado” e “fabricação de álcool”.

Na análise por regiões, foi verificado saldo positivo em 23 das 36 áreas pesquisadas. Outras cinco se mantiveram estáveis, en­quanto houve queda do número de vagas em outras oito regiões. Como destaques positivos, Ser­tãozinho teve 4,75% de cresci­mento no número de postos de trabalho. Na região de Bauru, o crescimento foi de 1,96% e na de Presidente Prudente, de 1,63%, indica a Fiesp.

Também tiveram destaque os setores industriais de “coque, derivados do petróleo e bio­combustíveis”, com 2.582 vagas líquidas; “veículos automoto­res” (1.788) e “couro e calçados” (777). Entre os destaques nega­tivos, a “confecção de artigos do vestuário e acessórios” destruiu 1.300 vagas, enquanto o setor de “produtos de metal, exceto má­quinas e equipamentos” encer­rou 525 postos de trabalho.

No caso de “produtos alimen­tícios”, houve saldo líquido de 4 349, lembrando que o segmento sucroalcooleiro faz parte desta categoria. Na prática, portanto, foram destruídos 834 postos de trabalho no setor, quando exclu­ído o saldo líquido registrado pela indústria da cana-de-açúcar. Para o segundo vice-presidente da Fiesp e diretor titular de seu De­partamento de Economia, Com­petitividade e Tecnologia, José Ricardo Roriz Coelho, o cresci­mento da economia indica uma recuperação, mas em ritmo ainda abaixo do desejado.

“Continuamos com a re­cuperação do emprego. Ela é lenta, com um crescimento não tão forte como gostaríamos, por alguns problemas de rota. Agora, nossa preocupação é que esse crescimento passe a ter ritmo mais acelerado”, já que no segundo semestre, diz, a tendência é de redução de vagas. “Se reformas como a da Previdência tivessem sido fei­tas, acredito que a situação seria bem melhor”, afirma Roriz.

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