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19 de abril de 2024 | 20:22
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Saúde

Setor criou 44,5 mil empregos em 2017

Segundo o Boletim Econômico da Saúde, 44.505 postos de traba­lho foram criados nas atividades do setor de hospitais, clínicas, labora­tórios e demais estabelecimentos de serviços privados no país, no acu­mulado do ano passado. Ao todo, 2.144.481 de trabalhadores fazem parte desse contingente.

O estudo da Federação dos Hospitais, Clínicas e Laboratórios do Estado de São Paulo (Fehoesp), lan­çado nesta semana, reúne dados de diferentes órgãos: Sistema Único de Saúde (SUS), Ministério do Trabalho, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) e ou­tras fontes econômicas oficiais.

No “atendimento hospitalar” fo­ram criadas 18.612 vagas e na ati­vidade “médica ambulatorial” foram 7.494. Em contrapartida, o “serviço móvel de urgência” gerou um saldo de 1.007 demissões. O estado de São Paulo reúne 33% do emprego no setor de todo o Brasil e conta com 712.052 trabalhadores.

Entre janeiro a dezembro de 2017, só o estado de São Paulo gerou 15.152 vagas – 7.357 pos­tos relacionados com a atividade de “atendimento hospitalar”. Com essas informações, a Fehoesp ofe­rece importantes estatísticas do setor da saúde, através de tabelas infográficas e textos explicativos em linguagem simples e de fácil entendimento para a população em geral. Os dados serão atualiza­dos trimestralmente.

Segundo Yussif Ali Mere Junior, presidente da Fehoesp e do Sindi­cato dos Hospitais, Clínicas e Labo­ratórios de Ribeirão Preto (SindRi­beirão), o Boletim Econômico será uma importante fonte de consulta e informação para os gestores dos serviços de saúde e para a imprensa.

O número de estabelecimentos de saúde no país cresceu 4,8% em de­zembro do ano passado em compara­ção com o mesmo mês de 2016. No mesmo período, aumentaram 34% o número de serviços de home care. Já no estado de São Paulo, os estabeleci­mentos de saúde cresceram 5,1%, em 2017 em relação a 2016. E o aumen­to de unidades de atenção em home care foi de 19,2%.

Mesmo com a ampliação de postos de trabalho e de serviços de saúde no Brasil, Yussif Ali Mere analisa que os números ainda são muito tímidos. “Não podemos falar em crescimento do setor. Há três anos, o segmento da saúde criava 45 mil empregos em apenas 30 dias, portanto, os números apon­tam uma lenta e pequena recupe­ração da crise econômica. Neste ano, esperamos uma recuperação mais expressiva”.

Para ele, o único segmento que teve crescimento expressivo foi o de serviços de home care, que está diretamente ligado ao processo de envelhecimento da população brasileira. “Reflete a necessidade de uma assistência menos onero­sa e com maior resolutividade. A desospitalização, nesses casos, é uma realidade”.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil está enve­lhecendo acima da média mundial.
Enquanto a quantidade de idosos vai duplicar no mundo até 2050, ela quase triplicará no país. Serão 64 milhões de pessoas acima dos 60 anos, equivalendo a 30% da popula­ção brasileira. Hoje os idosos repre­sentam 12,5% da população.

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