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20 de abril de 2024 | 3:07
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Cultura

Show gratuito dos Demônios da Garoa

A Associação Comercial e Industrial de Ribeirão Preto (Acirp) completou na última quarta-feira, 8 de agosto, 114 anos de fundação. Para come­morar o aniversário, diversos eventos estão sendo realizados durante o mês. Dentre eles, ho­menagens a quem faz parte da história da entidade, seminário, palestras, show e jantar. No dia 24, será realizado o tradicional jantar, a partir das 20h30, com show da banda Rod Hanna, no Taiwan Centro de Eventos, com ingressos individuais a R$ 200 – a mesa para dez pessoas custa R$ 2 mil.

No dia 27, será realizada a 8ª Meia Maratona Tribuna Ri­beirão, com o apoio da entida­de. “Preparamos uma progra­mação especial para celebrar este mês tão importante para a associação. Com estes eventos, queremos lembrar que a Acirp está sempre presente e atuante em vários assuntos de Ribeirão Preto, como política, economia, lazer e responsabilidade social, que interessam a nossos asso­ciados”, afirma Dorival Balbino, presidente da Acirp.

Um dos eventos mais aguardados, no entanto, está agendado para o próximo sá­bado, 18 de agosto, das dez às 13 horas, na Esplanada do Theatro Pedro II, na região central de Ribeirão Preto: um show gratuito com os Demô­nios da Garoa. O tradicional grupo comemora 75 anos da carreira em 2018. Lenda viva da música brasileira, o conjun­to é a cara de São Paulo, título conquistado graças aos mais de sete décadas de trabalho interpretando com humor o co­tidiano do povo paulista. É com especial alegria e personalidade e com vocais e arranjos bem es­truturados que foi composto o repertório exclusivo da banda, da qual fez parte o grande sam­bista Adoniran Barbosa.

Os Demônios da Garoa vol­tarão a Ribeirão Preto em 20 de outubro para um show com Toquinho, no Theatro Pedro II. O grupo vendeu mais de dez milhões de cópias distribuídos em 69 compactos simples, seis compactos duplos, 34 LPs e 13 CDs ao longo de sua carreira. É formado por Sérgio Rosa (afoxé), Roberto Barbosa, O “Canhotinho” (cavaquinho), Izael Caldeira da Silva (timba), Ricardo Rosa, o “Ricardinho” (pandeiro) e Dedé Paraizo (violão sete cordas). Tem uma vasta coleção de sucessos que encantam gerações.

Entre as músicas que consa­graram o grupo estão “O samba do Arnesto”, “Saudosa maloca”, “Iracema”, “Trem das onze”, “A vida é dura” (1985, tema da no­vela “Ti, ti, ti”, da Globo), “As mariposas”, “Tiro ao Álvaro”, “Ói nóis aqui trá veiz”, “Vila Espe­rança”, “Vai no Bexiga pra ver” e “Seu querer”, entre outras~. O grupo surgiu em São Paulo, na década de 1940, com o nome de “Grupo do Luar”, fundado por Arnaldo Rosa. Em 1943, cantando pela primeira vez no rádio, venceu um concurso de calouros chamado “A Hora da Bomba”, da Rádio Bandeirantes. O prêmio principal era um con­trato para duas apresentações semanais na emissora.

O grupo mudou de nome por iniciativa do locutor Vi­cente Leporace, entusiasta da banda que promoveu um con­curso entre os ouvintes. Den­tre as sugestões, foi escolhido o nome “Demônios da Garoa”. Em 1949, durante as grava­ções do filme “O Cangaceiro”, de Lima Barreto, conheceram o compositor Adoniran Bar­bosa. Nasceu a parceria que rendeu os principais sucessos e seu reconhecimento nacional.

O bom humor tornou-se a marca registrada do grupo. Em 1965, com mudanças na for­mação original, gravou “Trem das onze”, canção emblemática (eleita em 2000, através de vo­tação popular, a música-sím­bolo da cidade de São Paulo), conjuntamente com “Iracema”, “Saudosa maloca”, “O samba do Arnesto”, “As mariposas”, “Tiro ao Álvaro”, “Ói nóis aqui trá veiz”, “Vila Esperança” e “Vai no Bexiga pra ver”.

Os dois últimos membros originais do conjunto, Arnaldo Rosa e Toninho Gomes, falece­ram respectivamente em 2000, vítima de cirrose hepática oriunda de um tratamento na coluna, e em 2005, vítima de complicações do diabetes e do mal de Alzheimer. Em 1994, os Demônios da Garoa entraram para o Guinness Book – Livro dos Recordes Brasileiro, de onde não mais saíram, como o “conjunto vocal mais antigo do Brasil em atividade”, além de receberem o disco de ouro pelo álbum “50 anos”.

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