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18 de abril de 2024 | 20:27
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Política

STF retira de Moro delações contra Lula e Guido Mantega

A Segunda Turma do STF (Supremo Tribunal Federal) decidiu retirar do juiz Sergio Moro, da Justiça Federal do Paraná, e mandar para a Justi­ça do DF depoimentos de seis delatores da Odebrecht que implicavam o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ex-ministro dos governos petistas Guido Mantega em um suposto esquema de re­passes ilegais ao PT.

Nesta terça-feira (14), por três votos a um, a Segunda Tur­ma alterou decisão anterior do ministro Edson Fachin, relator das ações da Operação Lava Jato no STF, que determinou a remessa das delações à Justiça Federal do Paraná, onde Moro é responsável pelos processos da Lava Jato.

Votaram contra a decisão de Fachin os ministros Dias Toffoli, Gilmar Mendes e Ri­cardo Lewandowski. O minis­tro Fachin votou para manter sua decisão anterior no julga­mento desta terça-feira. O mi­nistro Celso de Mello, quinto integrante da Segunda Turma, não participou da sessão.

As delações tratam de sus­peitas ligadas à planilha apre­sentada pela Odebrecht onde constam supostos pagamentos ao PT registrados sob a ins­crição “Italiano” e “Pós-Itália”. O Ministério Público afirma que os nomes das planilhas são uma referência a Mantega e ao também ex-ministro petista Antônio Palocci. As delações serão agora enviadas à Justiça Eleitoral do Distrito Federal.

As delações serão agora en­viadas à Justiça Eleitoral do Dis­trito Federal, no caso de depoi­mentos que envolvem Mantega, e à Justiça Federal do Distrito Federal, para onde irão depoi­mentos que tratam da atuação de Lula e também de Mantega.

A decisão da 2ª Turma, num primeiro momento, não terá im­pacto direto em eventuais pro­cessos em tramitação na Justiça do Paraná. Isso porque o STF decidiu apenas sobre a destina­ção dos depoimentos dos dela­tores e não sobre a continuidade ou não das investigações.

‘Não é candidato’
Em parecer apresentado ao TRF-4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região), o MPF (Ministério Público Federal) reafirmou que considera o ex -presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) inelegível. A ma­nifestação foi feita na segun­da-feira (13) dentro de ação em que o fotógrafo Ricardo Stuckert, que acompanha Lula há 16 anos, pediu para entrar na Superintendência da PF (Polícia Federal) em Curitiba e fazer registros fotográficos e em vídeo do petista, além de entrevistá-lo.

“Importante enfatizar não haver qualquer dúvida jurí­dica de que a condenação em segundo grau (…) inviabiliza a candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva. Então, ele sim­plesmente não é, e nem pode ser, candidato”, escreveu o pro­curador regional Mauricio Go­tardo Gerum no parecer.

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