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19 de abril de 2024 | 13:23
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Política

Temer assina decreto de intervenção no Rio

O presidente Michel Temer assinou nesta sexta-feira, 16, o decreto para a intervenção fede­ral na segurança pública do Es­tado do Rio de Janeiro e fez um discurso em tom de declaração de guerra ao crime organizado. O governador do Estado, Luiz Fernando Pezão, e o presidente da Câmara dos Deputados, Ro­drigo Maia (DEM-RJ), também participaram da cerimônia.

“O crime organizado quase tomou conta do Rio de Janeiro. É uma metástase que se espalha pelo País e ameaça a tranquilida­de do nosso povo. Por isso decre­tamos neste momento a interven­ção federal na área da segurança pública do Rio”, disse Temer.

Segundo ele, essa medida “ex­trema” está sendo tomada porque as circunstâncias a exigem. “O governo dará respostas duras e firmes, e adotará todas as provi­dências necessárias para enfrentar e derrotar o crime organizado e as quadrilhas”, completou.

Temer afirmou que não se pode tolerar a morte de inocen­tes, citando pais, trabalhado­res, policiais, jovens e crianças, além do cenário com bairros sitiados, escolas sob a mira de fuzis e avenidas transformadas em trincheiras. “Chega, basta. Não vamos aceitar que matem nosso presente nem que conti­nuem a assassinar nosso futu­ro”, acrescentou.

O presidente destacou que a intervenção foi decidida em acordo com o governador Pe­zão. Segundo Temer, a polícia e as forças armadas enfrentarão unidas nas ruas e nas comuni­dades “aqueles que sequestram do povo as nossas cidades”. Ele ainda disse contar com o apoio e a vigilância dos “homens e mulheres de bem.”

“Nossos presídios não serão mais escritórios de bandidos e nem nossas praças serão salões de festa do crime organiza­do. Nossas pistas não deverão ser nunca via de transporte de drogas ou roubo de cargas. A desordem é a pior das guer­ras. Começamos uma batalha na qual nosso único caminho pode ser o sucesso”, declarou.

Previdência – Temer dis­se que Maia e o presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), darão continui­dade à tramitação da reforma da Previdência. “Quando ela es­tiver para ser votada – segundo a avaliação do Legislativo -, fa­rei cessar a intervenção. O tra­balho de segurança federal no Rio será mantido sem alteração durante esse período”, afirmou.

O presidente lembrou que a Constituição autoriza a in­tervenção para manter a or­dem pública e enfatizou que a medida tem vigência imedia­ta. O decreto será enviado ain­da nesta sexta-feira, 16, hoje ao Congresso.

“Nós que já resgatamos o progresso no nosso País e retiramos o Brasil da maior recessão da história, agora vamos restabelecer a ordem. Sei tratar-se de uma medida extrema, mas muitas vezes o País está a demandar medidas extremas para pôr ordem às coisas”, concluiu.

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