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19 de abril de 2024 | 15:08
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Transerp limita viagens de ônibus

A greve dos caminhonei­ros autônomos começa a causar transtornos à população, apesar de a categoria contar com o apoio da sociedade, que também recla­ma da política de preços da Petro­bras. Por causa dos protestos que atingem quase todos os estados do país, com bloqueios em várias rodovias e problemas no abasteci­mento de combustíveis, a Empre­sa de Trânsito e Transporte Urba­no de Ribeirão Preto anunciou que, a partir desta quinta-feira, 24 de maio, vai reduzir o número de viagens de ônibus em todos os itinerários da cidade para racio­nalizar o uso do óleo diesel e não permitir que o transporte público seja totalmente paralisado.

Os ônibus vão circular nor­malmente nos horários de pico, entre as seis horas da manhã e as 8h30, e das 18 horas às 19h30. Fora desses intervalos, o trans­porte coletivo de segunda-feira a sexta-feira obedecerá aos ho­rários de sábado, que podem ser consultados no site www.ritmo.com.br ou no aplicativo Citta­Mobi. O Consórcio PróUrbano – formado pelas empresas Rápido D`Oeste (40%), Transcorp (30%) e Turb (30%) – tem uma frota de 356 ônibus que operam 118 li­nhas e transportam cerca de 150 mil pessoas por dia.

Segundo o site, quase todas as linhas atendem normalmente no sábado de manhã, mas à tar­de o intervalo das viagens pode chegar a duas horas, dependendo do bairro, mesma situação de do­mingos e feriados. A medida en­trará em vigor nesta quinta-feira (24) e os horários voltarão ao nor­mal assim que o abastecimento for normalizado. Mais informa­ções pelo telefone 0800 7710118.

Em Franca, os ônibus urba­nos vão funcionar em horário especial também a partir desta quinta-feira. Segundo a Empre­sa para o Desenvolvimento de Franca (Emdef), os veículos da rede municipal vão rodar nor­malmente das 6h às 8h da manhã e das 16h às 18h. No restante do dia, a escala será reduzida, como aos domingos e feriados. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone (16) 3707-1300.

A Associação Paulista de Su­permercados (Apas) também diz que a falta de alguns produtos nas gôndolas e prateleiras é pontual, mas que pode haver crise se o movimento dos caminhoneiros for prolongado. Já A Associa­ção Brasileira de Supermerca­dos (Abras) afirma em nota que identificou dificuldades de abas­tecimento em diferentes estados brasileiros e considera que os problemas poderão se estender para todo o Brasil “se algo não for feito”.No Estado de São Paulo, su­permercados já relataram dificul­dades no abastecimento de frutas, legumes e verduras.

Os preços da batata chegaram a subir em razão do impacto da paralisação, inclusive em Ribei­rão Preto. A Concessionária AB Triângulo do Sol, que administra três rodovias na região, conseguiu na segunda-feira (21) uma limi­nar na Justiça contra o bloqueio de caminhoneiros nos 442 quilô­metros de rodovias sob sua con­cessão. A liminar fixou multa de R$ 100 mil por hora em caso de descumprimento. Outras admi­nistradoras de vias também con­seguiram liminares.

Sedex – A paralisação dos caminhoneiros autônomos em mais de 20 estados atinge até as postagens da Empresa Brasilei­ra de Correios e Telégrafos, que suspendeu temporariamente as encomendas com dia e hora marcados (Sedex 10, 12 e Hoje). Em comunicado, informaque a paralisação também tem gera­do “forte impacto” e atrasos nas operações da empresa em todo o país.No mesmo documento, os Correios informam que “toda a logística brasileira” sofre prejuízos em decorrência da paralisação dos caminhoneiros, iniciada na segunda-feira (21).

A operação dos Correios en­volve mais de 25 mil veículos, 1.500 linhas terrestres e 11 linhas aéreas de Norte a sul do país. A empresa entrega mensalmente cerca de meio bilhão de objetos postais, entre eles 25 milhões de encomendas.”Os Correios estão acompanhando os índices ope­racionais de qualidade de toda essa cadeia logística e, tão logo a situação do tráfego nas rodovias retorne à normalidade, a empresa reforçará os processos operacio­nais para minimizar os impactos à população”, acrescenta a nota.

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