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18 de abril de 2024 | 2:58
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Política

Vice da Câmara diz que governo não tem votos

Depois de participar de ceri­mônia de liberação de recursos para Educação, ao lado do pre­sidente Michel Temer, o presi­dente em exercício da Câmara, Fábio Ramalho (PMDB-MG), disse nesta quarta-feira, 17, que acha que “o governo não tem os votos” e que “não vai” consegui­-los até 19 de fevereiro para apro­var a reforma da Previdência.

Ramalho, assim, faz coro ao presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que está nos Estados Unidos e lá declarou que, se o Poder Executivo não conseguir votar a reforma previ­denciária em fevereiro, “não vota mais”. O presidente em exercício da Câmara foi mais longe, ao defender maior ampliação da discussão sobre a reforma, que a mudança seja “mais ampla”, “mais debatida” e que, portanto, seja tema da campanha presi­dencial de 2018 e só vá a plená­rio para votação em 2019.

O Palácio do Planalto, por sua vez, embora saiba das di­ficuldades de conseguir os 308 votos, está empenhado na aprovação em fevereiro, e o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, chegou nesta quarta­-feira de férias para ajudar a comandar o trabalho de con­vencimento dos deputados.

Para Ramalho, “a discus­são da reforma previdenciária não está madura” e “tem de ser construída”. Na opinião do pre­sidente em exercício da Casa, “o maior entrave” da discussão da reforma, agora, “foi a comuni­cação, que não chegou certa às bases mais longínquas do Brasil”.

Ramalho quer “uma reforma mais ampla”, justificando que, “se for fazer esta reforma agora, ano que vem terá de fazer outra porque a reforma tem de va­ler por 30 anos”. Ele sugere que esta “é uma discussão para todos os candidatos que vão disputar a Presidência este ano” e que é preciso “colocar para a popu­lação como um debate por um ano inteiro para que, no pró­ximo ano, uma reforma que a sociedade entenda seja votada”.

Sobre a insistência do presi­dente da República em aprovar o texto este ano, o presidente em exercício da Casa afirmou: “Se o governo tiver os votos, então vote”. Em seguida, Ra­malho reiterou a tese de que a reforma tem de atacar outros pontos. “Não pode ser uma re­forma de apenas uma parte da sociedade. Tem de ser uma re­forma pra todos”, disse.

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