A Justiça converteu em preventiva a prisão de Fabiano Pereira Lima, de 40 anos, suspeito de envolvimento no ataque a uma agência da Caixa Econômica Federal e ao quartel da Polícia Militar em Guaxupé (MG). Ele foi preso em flagrante na madrugada de quarta-feira (9) em Ribeirão Preto (SP), por porte ilegal de arma de fogo.
Durante abordagem da Polícia Militar, Lima realizava depósitos de R$ 36 mil em uma agência bancária da zona leste da cidade. Com ele, também foram encontrados R$ 7 mil em espécie. Segundo a PM, o suspeito demonstrou nervosismo e indicou o local onde havia escondido um fuzil calibre 5.56, o mesmo tipo de arma usado no ataque em Minas Gerais. O armamento foi localizado em uma área de mata às margens da Estrada Velha de Jardinópolis (SP).
A juíza Vanessa Aparecida Pereira Barbosa, responsável pela audiência de custódia, justificou a conversão da prisão com base na gravidade do crime e no risco de fuga, já que Lima não possui vínculos com a cidade onde foi detido. A magistrada também mencionou que os depósitos de alto valor, cuja origem não foi esclarecida, reforçam as suspeitas.
Além disso, a juíza solicitou à Corregedoria da Polícia Militar a apuração de denúncia feita por Lima, que afirmou ter sido agredido pelos policiais durante a prisão. A defesa do suspeito ainda não se manifestou.
Fabiano Pereira Lima é natural de Alta Floresta do Oeste (RO). Ele foi o único dos três homens detidos na ação a permanecer preso, por ter sido flagrado realizando os depósitos e por indicar a localização do fuzil. Os outros dois suspeitos foram liberados após prestarem depoimento e negarem envolvimento com o crime.
O ataque em Guaxupé ocorreu por volta de 1h45 da madrugada de terça-feira (8) e envolveu cerca de 15 criminosos fortemente armados. Foram alvos simultâneos a agência da Caixa Econômica Federal, o quartel da 79ª Companhia da Polícia Militar e uma base da Guarda Municipal. Um policial militar sofreu ferimentos leves causados por estilhaços. Não há registro de feridos entre civis.
Até o momento, a Polícia Civil não informou se houve subtração de valores durante a ação. Um segundo suspeito de participação no crime foi preso em Campinas (SP), mas sua identidade não foi divulgada.
A investigação segue em andamento.