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19 de abril de 2024 | 21:43
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A covid-19 no Brasil e no mundo – parte VI

Entre os micro-organismos causadores de doenças que a ciência já descobriu, aparecem as bactérias, os fungos e os vírus, todos causam desde doenças simples e fáceis de serem conduzidas até casos gravíssimos capazes de levar a pessoa acometida ao óbito. No caso dos vírus, eles apresentam uma certa dificuldade a mais, pois não são do ponto de vista científico, um ser vivo, mas sim uma partícula que necessita de uma célula que faz parte de um ser vivo para se multiplicar.

Entre os diversos tipos de vírus, este responsável pela pandemia que vem assolando o mundo a partir do ano passado apresenta um perfil esquisito até então desconhecido. Ele é capaz de infectar uma pessoa e esta não sente nada, mas é capaz de transmitir o vírus a outras que podem desenvolver a doença ou não. Essa pandemia que, como sabemos começou na China se espalhou inicialmente pelas redondezas da cidade de Wuhan e depois para os países vizinhos até atingir a Europa Ocidental e daí para o resto do mundo. Hoje o vírus está presente nos cinco continentes levando dor, sofrimento e morte em um número cada vez maior de pessoas.

Quando o vírus chegou ao Brasil tentou-se identificar a sua procedência e ficou constatado que ele foi trazido para o Brasil por viajantes procedentes da Itá­lia. Esse vírus que os cientistas denominam de novo coronavírus foi inicialmente detectado na capital de São Paulo, daí se espalhou pelos municípios do ABC, baixada santista e interior do estado. A partir daí o vírus se espalhou e em curto espaço de tempo atingiu o país inteiro.

Hoje o vírus causador da doença chamada de covid-19 está presente em todos os municípios do estado de São Paulo e do Brasil sendo que já existe registro de óbitos em sua totalidade. No Brasil a pandemia encontrou terreno fértil para a sua expansão, pois temos um Sistema de Saúde muito grande, desorganizado e frágil havendo carência de recursos materiais e humanos desde o início de sua implantação.

Praticamente abandonado, o SUS (Sistema Único de Saúde) não tem apre­sentado condições mínimas para atender às necessidades básicas para as quais foi criado. Assim a pandemia assumiu no Brasil uma condição de verdadeira catástrofe e a medida que o tempo passa, só piora essa situação. Como sempre, formatamos nosso material sob a forma de perguntas e respostas visando facilitar a compreensão dos nossos leitores.

01. Desde a semana passada até agora qual é a situação do Brasil em relação à covid-19?
A situação do Brasil nos últimos dez dias podemos dizer que é verdadeira­mente desastrosa. O número de óbitos chega a cifras alarmantes e igualmente o número de contaminados. A média móvel de óbitos continua muito elevada bem como a do número de infectados. O Brasil com sua estrutura centralizadora dificulta muito a tomada de decisões. O mundo hoje é descentralizado o que facilita a tomada de decisões.

Já o Brasil caminhando na contramão da história continua cada vez mais centralizado, complicado, o que piora a condução da crise do novo coronavírus. Como corolário disso tudo o número de óbitos está só aumentando. Enquanto os países desenvolvidos estão em pleno esquema de vacinação em massa com diversos tipos de vacinas sendo empregadas ao mesmo tempo, o Brasil está com apenas duas vacinas: a chinesa chamada Coronavac e a de Oxford de procedên­cia britânica sendo aplicadas na população que está cada vez mais angustiada para receber a vacina.

02. E qual é a situação do mundo em relação à covid-19 nos últimos oito dias?
Podemos dividir o mundo em dois blocos: o dos países desenvolvidos como Es­tados Unidos, Canadá, Reino Unido, Israel e União Europeia que investiram pesado na vacinação em massa de suas populações e com resultados surpreendentes.

Em particular Estados Unidos e Israel com uma dinâmica de vacinação surpreendente e com resultados impactantes na diminuição do número de óbitos e de contaminados. União Europeia e Rússia também com ótimos resultados. Países africanos, América Latina e Caribe a vacinação continua em ritmo lento. Países do Extremo Oriente têm tido também bons resultados. (Continua na próxima semana)

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