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18 de abril de 2024 | 14:30
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A moral de uma sociedade doente

Há momentos que as energias negativas envolvem o planeta terra, ou parte dele, criando um ambiente sombrio, que expõe aquilo que há de pior no ser humano. No Brasil, o ódio e o preconceito abarcados no fundamentalismo religioso tomam conta do cotidiano, produzindo um efeito devastador.

Já fomos conhecidos mundialmente como um povo soli­cito, cordial e acolhedor, que seriamos o país do futuro, mas um futuro que nunca chegou e os primeiros anos do século 21 deram a falsa impressão que esse futuro havia chegado, mas há segunda década colocou o Brasil num retrocesso ja­mais esperado, e os fatos ocorridos na Idade Média voltaram com força total na atualidade.

Sempre tivemos uma parcela da população racista e preconceituosa, que odeia os pobres, e acha a pobreza uma questão de escolha, pois quem é pobre não gosta de trabalhar, e esse tipo de pensamento acaba sendo absorvido por uma parcela da pobreza.

A falta do Estado nas comunidades pobres abriu caminho para o crime organizado, que têm nas milícias, principalmen­te no Rio de Janeiro seu expoente máximo. A visão capitalista destes malfeitores leva o capitalismo ao extremo, e como adeptos da máfia e dos grandes gangsteres estadunidenses, viram nestas comunidades desvalidas e abandonadas, e que foram dominadas pelo tráfico de drogas, que viviam pessoas que trabalham e geram rendas, e mesmo vivendo em meio à extrema pobreza, têm seus sonhos de consumo.

E como era de se esperar o crescimento das milícias foi ao encontro da sanha dos políticos inescrupulosos, que viram na associação com as milícias à formação de um curral eleitoral vitalício, e a aproximação com alguns pastores das igrejas pentecostais fechou o trio de ferro. E foi neste ambiente anti­democrático e corrupto que foi forjada a carreira política do atual presidente do Brasil, e seus familiares.

Espalhar o ódio, com argumentos fundados na religião, tem um poder devastador, haja vista a passagem bíblica que fala do apedrejamento e morte de Estevão, e da malhação do Judas que acontece até os dias de hoje.

Durante uma das peregrinações de Jesus trouxeram uma mulher que seria apedrejada por ter cometido adultério; simplesmente para provocá-lo, esperavam que ele se insurgis­se contra as tradições, mas Jesus, olhando a multidão armada com pedras, perguntou: “Aquele que dentre vós não tiver nenhum pecado que atire a primeira pedra”, e os agressores se entre olharam e recolheram suas pedras. Essa passagem Bíbli­ca nos mostra que a tradição amalgamada com o ódio produz muitas mortes, e os milicianos sabem disso.

As energias positivas e negativas que percorrem o espa­ço são atraídas pela polaridade existente no ser humano, se nos encontramos em um ambiente fraterno e acolhedor, as energias de luz virão ao nosso encontro, mas a proliferação do ódio e das maledicências criou no Brasil um ambiente propício para o desenvolvimento do vírus BZ2018, que é uma doença contagiosa, que ataca o sistema cognitivo destruindo os comportamentos éticos e morais.

O vírus faz as pessoas terem ódio do vermelho, adorar o símbolo da CBF, acreditar cegamente no presidente, que chamam de mito, e pedir o uso de cloroquina em nome de Jesus. E o pior é ver que não há estudos nem pesquisas para produzir uma vacina contra essa insanidade.

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