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19 de abril de 2024 | 21:23
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A tecnologia e a covid-19

Ao assumir o cargo, o novo ministro da Saúde disse que, no combate ao coronavírus, adotaria as tecnologias e o mo­delo bem sucedido da Coreia do Sul. É preciso ter a noção da proporção e saber se terá condições de tê-las e aplicá-las em grande extensão. Além daquelas estreitamente ligadas ao tratamento médico em si, bem como os fármacos, outras têm aparecido como os aplicativos. Estes têm suscitado polêmicas pois invadiriam a privacidade (que não se use esse argumento como justificativa da impossibilidade de obtê-las).

Um deles, que já está sendo usado por aqui, faz o rastrea­mento das pessoas, para saber se então mantendo o isolamen­to ou não. Por amostragem, ele avalia qual a porcentagem daqueles que estão desrespeitando a norma. O ideal seria 70% de recolhimento e, hoje, está por volta de 45%, com risco do aumento de contágio. Na Itália, outro aplicativo foi concebido e já testado com sucesso, a ponto de estar a regularização de seu uso voluntário prestes a ser aprovada no Parlamento.

A ele foi dado o nome de “imunni” e está licenciado para a empresa italiana Bending Spoons. Ele tem duas partes. Na primeira, contém todas as informações mais relevantes do usuário, como sexo, idade, doenças pregressas e remédios que toma. Ao depois, através do Bluetooth, é possível detectar a vizinhança entre dois smartphones numa distância de 1 me­tro, e, assim, refazer todos os contatos tidos por uma pessoa positiva para covid-19, permitindo, por conseguinte, rastrear e isolar possíveis outras vítimas de contágio, evitando-se a progressão geométrica.

Importante para essa tecnologia é, de antemão, se fazer os testes para diagnóstico da infecção, os quais, ainda por aqui não estão disponíveis à população (o sucesso da Coreia do Sul e Alemanha foi justamento a efetivação o maior número deles). Dadas a inteligência e criatividades humanas, certa­mente outras tecnologias surgirão e o que se espera é que, efetivamente, sejam aplicadas por aqui.

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