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20 de abril de 2024 | 8:02
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Economia

Abitrigo prevê alta de até 15% no preço da farinha

A Associação Brasileira da Indústria do Trigo (Abitrigo) projeta alta de até 15% no preço da farinha nas “próximas sema­nas”. O ajuste, segundo a asso­ciação, se deve ao incremento de 25% nas cotações do trigo nos últimos 60 dias. A Abitrigo diz que o repasse fica a critério de cada empresa ou região – vai atingir o pão francês, a pizza, o macarrão etc.. No Brasil, a pro­dução do cereal está concen­trada na Região Sul e o volume ofertado equivale a 50% das ne­cessidades da indústria. Os ou­tros 50% são importados.

O incremento nos preços do trigo comprado pela indústria local deve-se, de acordo com a entidade, à conjuntura de valo­rização global do cereal em vir­tude da perspectiva de aperto na oferta mundial. A Abitrigo diz que moinhos locais ficam vulne­ráveis às oscilações internacio­nais das cotações. “Este período turbulento se estenderá, no mí­nimo, até a entrada da próxima safra (nacional), em meados de setembro, se tudo correr bem”, disse a Abitrigo em nota.

A Argentina, principal for­necedora de trigo para o Brasil, já comercializou 75% da safra colhida, de 18,5 milhões de to­neladas, restando volume pou­co expressivo para exportação. “Esse cenário gerou uma forte elevação nos preços do trigo ar­gentino, da ordem de 26% nos últimos 60 dias, passando de US$ 190,00 por tonelada FOB (‘Free On Board’, significa ‘livre a bordo’) para US$ 240 por tone­lada FOB”, afirma a associação.

A Abitrigo ressalta que a desvalorização acentuada do dólar ante o real também pe­sou sobre o valor desembolsa­do pelos moinhos para aquisi­ção de cereal estrangeiro. Fora isso, o preço do trigo nacional também aumentou por valo­rização indireta.

A entidade estima que no Paraná lotes estão sendo nego­ciados por R$ 1 mil a tonelada ante R$ 850 a tonelada de se­manas atrás, alta de 18%; en­quanto no Rio Grande do Sul o valor médio dos contratos passou de R$ 700,00 a tonelada para R$ 900,00 a tonelada, alta de 28% na mesma base compa­rativa. Outros Estados produ­tores, como São Paulo e Minas Gerais, que colhem menos, já comercializaram a safra.

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