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29 de março de 2024 | 9:47
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Economia

Acirp recua e pede reabertura de lojas

Depois de declarar apoio ao decreto nº 76 do prefeito Du­arte Nogueira Júnior (PSDB), publicado no Diário Oficial do Município (DOM) de terça-fei­ra, 24 de março, que declara es­tado de calamidade pública na cidade até 26 de abril, a Asso­ciação Comercial e Industrial de Ribeirão Preto (Acirp) en­viou ofício ao prefeito Duarte Nogueira Júnior (PSDB) nesta sexta-feira (27) defendendo a reabertura de estabelecimentos que não prestam serviços es­senciais, desde que preservada a saúde da população.

O decreto determina o fe­chamento do comércio central – calçadão e entorno – e dos bairros – corredores comerciais como os das avenidas Saudade (Campos Elíseos) e Dom Pedro I (Ipiranga) e Boulevard (Jardim Sumaré e Alto da Boa Vista) – nos quatro shopping centres da cidade – RibeirãoShopping, Santa Úrsula Shopping, Sho­pping Center Iguatemi e Novo Shopping –a não ser os serviços essenciais, de delivery (entrega em domicílio) e drive thru.

A medida impõe o fecha­mento do comércio, exceto serviços essenciais de alimen­tação, abastecimento, saúde, bancos, limpeza e segurança. O fechamento do comércio atinge todas as lojas com atendimento presencial, inclusive bares, res­taurantes, cafés e lanchonetes. Estabelecimentos que servem alimentos e bebidas em mesas ou balcões só podem atender pedidos por telefone ou servi­ços de entrega.

Só ficaram abertos estabe­lecimentos com atendimento presencial que prestam servi­ços considerados essenciais. No setor de alimentação, po­dem funcionar supermerca­dos, hipermercados, açougues e padarias – que não podem permitir o consumo no esta­belecimento durante a qua­rentena. Em abastecimento, podem atuar normalmente transportadoras, armazéns, postos de gasolina, transporte público, táxis, aplicativos de transporte, entre outros.

Na nota assinada pelo presi­dente Dorival Balbino, a Acirp diz que “diante do momento de profunda crise que o País atra­vessa, vem a público manifestar, em defesa de seus associados, colaboradores, consumidores e da sociedade civil em geral, sua preocupação com os rumos da economia de Ribeirão Preto após o Poder Público Munici­pal ter decretado a paralisação de inúmeras atividades em nossa cidade, interrompendo a prestação de serviços e o co­mércio em geral.”

E informa que “em nos­so entendimento, esta é uma decisão que poderia ter sido melhor planejada, de modo a minimizar os impactos ne­gativos de tal medida sobre as empresas e os empregos. Acre­ditamos que a decisão tomada tem trazido graves prejuízos à economia e à sociedade, que tendem a se agravar e dificil­mente serão revertidos ao lon­go dos próximos anos.”

Diz que neste sentido, “nossa associação, atuando em prol das atividades empresariais indis­pensáveis à geração de renda e empregos e do empreendedo­rismo, encaminhou ofício ao prefeito municipal, Duarte No­gueira, concitando-o a reavaliar tal determinação. Pleiteamos que, preservadas as vidas e a saúde da população, possa haver uma forma ordenada de retor­no das atividades do comércio e dos serviços em geral, se essa for considerada a melhor deci­são, buscando uma alternativa de minimizar os riscos para os trabalhadores e empresas.”

Nesta segunda-feira, 30 de março, o prefeito Duar­te Nogueira vai comandar uma videoconferência com a participação do secretário municipal da Saúde, Sandro Scarpelini, o epidemiolgista Benedito Lopes da Fonse­ca, do Hospital das Clínicas, Acirp, Sindicato do Comér­cio Varejista de Ribeirão Pre­to e Região (Sincovarp), Câ­mara de Dirigentes Lojistas (CDL-RP), Câmara de Vere­adores, Polícia Militar, Sindi­cato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares (SRHBS), segmentos de transporte tu­rismo, entre outros.

Na reunião, ele vai apresen­tar os motivos do decreto de calamidade pública e a impor­tância de manter o isolamento e o distanciamento social como forma de proteção da sociedade. Vai apresentar números sobre a evolução da doença na cidade, no mundo, no Estado de São Paulo e no Brasil e reforçar que não pretende relaxar a medida – no caso das aulas na rede muni­cipal, pode até ser prorrogada, já que vai até 7 de abril e o decreto, até dia 26. Porém, ressalta que vai ouvir a todos.

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