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Aedes aegypti Casos de dengue avançam em 2018

Segundo o último Boletim Epidemiológico, divulgado nes­ta segunda-feira, 19 de outubro, pela Divisão de Vigilância Epide­miológica (DVE) da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), a den­gue recuou no segundo semestre de 2018 em comparação com o mesmo período do ano passado. Entre julho e outubro, o Aedes aegypti – mosquito transmissor da doença, do zika vírus, da febre chikungunya e da amarela na área urbana – fez 23 vítimas na cidade, contra 127 do mesmo quadrimes­tre de 2017, queda de 81,2% e 104 ocorrências a menos.

Na comparação entre os meses de novembro, a queda foi ainda maior, de 86,3%, baixan­do de 44 para seis, 38 pacientes a menos. No entanto, desde o início do ano até o mês passa­do, Ribeirão Preto acumula alta de 25,4% – são 227 ocorrências contra 181 de dez meses de 2017, com aporte de 46 vítimas do mosquito. A quantidade de casos em 2018 representa 92,3% do total do ano passado, de 246.

No primeiro semestre deste ano foram 204 registros, contra 54 do mesmo período de 2017, aporte de 150 casos, alta de 278%. Por isso a Secretaria Municipal da Saúde pede à população para não relaxar, evite água parada e elimi­ne os criadouros do vetor, princi­palmente agora, quando começa a época das chuvas.

Quando a comparação é feita entre o mês passado e outubro de 2016, ano em que houve epidemia na cidade e dez casos em 30 dias, a queda é de 40%, com quatro regis­tros a menos. Neste ano foram 45 casos em janeiro, 37 em fevereiro, 28 em março, 42 em abril, 35 em maio, 17 em junho, onze em julho, cinco em agosto, um em setembro e seis em outubro.

Das 227 pessoas picadas pelo Aedes aegypti, 74 moram na Zona Leste, mais 60 na Oeste, 46 na Norte, 33 na Sul e 14 na Central. No ano passado inteiro, o vetor fez 246 vítimas, 99,3% a menos que as 35.043 do ano anterior, 34.797 a menos – a quantidade de 2017 é a menor em dez anos. A cidade também tem 1.166 notificações sob investigação.

Já para a chikungunya não houve nenhum caso confirmado em outubro. No mesmo período do ano passado, uma ocorrência da doença foi confirmada na ci­dade. Ribeirão Preto tem seis pes­soas com a febre transmitida pelo Aedes aeghypti – uma em março, uma em abril, uma em maio, outra em junho, uma em agosto e uma em setembro. No entanto, fechou 2017 com aumento de 344,4%. Os dados mostram que o total saltou de nove para 40, com 31 pacientes a mais no ano passado.

Foram notificados e investi­gados 46 casos de zika vírus neste ano, nenhum confirmado. Não há casos de microcefalia ou febre amarela. Segundo o mais recente Levantamento Rápido de Índices de Infestação pelo Aedes aegypti (LI-RAa), divulgado pelo Minis­tério da Saúde, Ribeirão Preto es­tava na lista de 1.153 municípios brasileiros (22%) que apresenta­ram alto índice de infestação, com risco de surto para dengue, zika e chikungunya – o de predial (IIP), que mede a quantidade de cria­douros do mosquito transmissor das doenças e também da febre amarela na área urbana, é de 5,3% no município.

Significa que a cada 100 imóveis ribeirão-pretanos, mais de cinco tinham focos do vetor. A cidade fechou 2017 em alerta. Na época, o IIP estava em 1,3% – inferior ao de 2016, de 1,6%. Segundo o secretário municipal da Saúde, Sandro Scarpelini, os números registrados estão sob controle, mas não deixam de ser um sinal de alerta. Embora a alta seja proporcionalmente peque­na, levando-se em consideração a epidemia que assolou Ribeirão Preto no início de 2016, é preci­so ter consciência sobre os cui¬­dados a serem tomados.

“É preciso dar continuidade às intervenções contra o mosquito aedes aegypti. A conscientização da população é fundamental, alia­da ao trabalho que foi reforçado com limpeza, orientações e pales­tras para bloquear o avanço das doenças que ele transmite”, disse o secretário.

Várias ações de combate ao mosquito são realizadas quinze­nalmente, como vistorias em de­pósitos de pneus usados e de ferro velho, oficinas de desmanche de veículos, borracharias, cemitérios e outros. Também faz bloqueio de controle de criadouros com nebulização e vistorias em imóveis especiais bimestralmente: edifica­ções não residenciais de grande porte (comerciais, industriais e públicas), por exemplo.

Casos de dengue em Ribeirão Preto
2009 – 1.700 casos
2010 – 29.637 casos
2011 – 23.000 casos
2012 – 217 casos
2013 – 13.179 casos
2014 – 398 casos
2015 – 4.689 casos
2016 – 35.043 casos
2017 – 246 casos
2018 – 227 casos até o momento

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