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19 de abril de 2024 | 18:25
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Ainda em recuperação, Jade Barbosa tem fé na classificação para Tóquio

Aos 28 anos, a carioca Jade Barbosa – que se recupera de uma cirurgia – está confiante que vai brigar por uma vaga nos Jogos Olímpicos de Tóquio (Japão), no ano que vem. A esperança de participar em  mais uma Olimpíada veio com o adiamento do torneio para 2021. Antes que a pandemia do novo coronavírus (covid-19) mudasse todo o cronograma olímpico, Jade precisa se recuperar em tempo recorde do procedimento cirúrgico no joelho direito, realizado há cinco meses. A cirurgia foi necessária porque a atleta rompeu o ligamento cruzado anterior, quando participava do  de Stuttgart (Alemanha). Agora ela corre contra o tempo para disputar o Campeonato Pan-Americano da modalidade, marcado para este mês, mas adiado em decorrência da pandemia de covid-19.

Ao participar na tarde de ontem (19) de uma live (transmissão ao vivo) na conta da Confederação Brasileira de Ginástica Artística (CBG) no Instagram, a ginasta detalhou como foi o exato momento em que se machucou no Mundial. “No meu primeiro salto lá na Alemanha, eu acabei rompendo o ligamento. Saltei, ouvi o barulho e já sabia que tinha me lesionado”.

A cirurgia ocorreu em novembro passado e, segundo os médicos, o tempo de recuperação seria de aproximadamente um ano. “Estou apenas no quinto mês pós-cirúrgico. Se o treino estivesse normal, com certeza, a preparação já estaria mais avançada. Antes da pandemia estava fazendo paralelas, que sempre é o primeiro aparelho que a gente pode fazer. Mas estava sendo um trabalho bem inicial ainda. a voltar a correr justamente quando começou a quarentena. Tive que adiar algumas coisas. Estou tentando fazer o possível dentro de casa. Mas sinto que a recuperação indo bem. Não adianta querer avançar ou pular etapas. Tenho uma equipe multidisciplinar. Sinto que quando voltar para o ginásio não vou ter perdido tanto da minha recuperação”, pondera.

Rio de Janeiro - Jade Barbosa durante treino da seleção feminina de ginástica artística do Brasil, na Arena Olímpica dos Jogos Rio 2016 (Fernando Frazão/Agência Brasil)
Jade Barbosa, durante treino preparatório na Arena Olímpica, durante a Olimpíada Rio 2016 – Fernando Frazão/Agência Brasil

 

Com quatro ciclos olímpicos e 15 anos de seleção na carreira, a carioca revelou o desejo de viver novamente o “clima olímpico”. “Já passei por muita coisa. A ‘Jade mulher’ quer casar, ter filhos, formar uma família, fazer faculdade. Mas é claro que a ‘Jade atleta’ tem o desejo muito grande de ir para Tóquio. Ainda não estou satisfeita no esporte”, admite.

Durante a conversa, ela deixou em aberto até mesmo a possibilidade de estar presente nos Jogos de Paris, em 2024. “Talvez não disputando quatro aparelhos. Preciso me esforçar no individual geral pelo Brasil. Sei que o país precisa de meninas para ter a equipe em Paris. É uma luta diária. É uma decisão muito difícil [se paro ou não]. Ainda não sei. Gostaria bastante. Sou apaixonado pelo que faço”, concluiu

Classificação para Tóquio

Quebrando uma sequência de quatro ciclos olímpicos, na qual o Brasil enviava uma equipe completa para as disputas femininas, o país não conseguiu classificar o time feminino da ginástica artística para os Jogos de Tóquio. Enquanto isso, os homens se garantiram com a equipe completa. Nas disputas individuais, até o momento, a ginasta Flávia Saraiva no individual geral. A Federação Internacional de Ginástica (FIG) divulgou detalhes sobre o novo cronograma classificatório olímpico para Tóquio depois das mudanças ocorridas durante a pandemia de covid-19. Jade e os demais brasileiros aguardam a nova data do Campeonato Pan-Americano, que oferecerá duas vagas individuais, com o limite de um atleta por país.

Edição: Cláudia Soares Rodrigues

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