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16 de abril de 2024 | 3:07
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Vendas voltam a cair em RP

As vendas do comércio ri­beirão-pretano voltaram a cair depois de dois meses seguidos no “azul” – o setor fechou agos­to com crescimento de 1,13% e julho com alta de 0,08%. Em setembro, os negócios nas lojas da cidade registraram queda de 0,63%, em comparação com o mesmo período de 2016, quan­do a variação foi de -1,60%. Os números são da Pesquisa Movi­mento do Comércio, realizada pelo Sindicato do Comércio Varejista de Ribeirão Preto e Região (Sincovarp).

As vendas do comércio ri­beirão-pretano já haviam re­gistrado queda de 1,58% em junho, 1,56% e maio, 1,78% em abril, 0,87% em março, 2,47% em fevereiro (a amior do ano) e 1,97% em janeiro. Entre as empresas entrevis­tadas no mês passado, 45,8% consideram que venderam mais em setembro de 2016, enquanto 43,8% declararam o contrário e, para 10,4%, as vendas foram equivalentes nos dois períodos.

Setorial – Entre os setores pesquisados, quatro aponta­ram quedas e, cinco, eleva­ções. O pior resultado foi o de cine/foto (-8,85%), seguido por presentes (-6,20%), livra­ria/papelaria (-5,17%) e ótica (-1,74%). Do lado positivo, fe­charam o mês em alta os seg­mentos de vestuário (5,88%) – o setor que mais tem se re­cuperado após a crise –, calça­dos (3,65%), eletrodomésticos e móveis, ambos com 2,52%, e tecidos/enxoval (1,75%).

“Embora a maioria dos segmentos tenha mostrado aumento nas vendas, a média ficou negativa devido à intensi­dade das quedas apresentadas pelos setores com reduções”, explica Marcelo Bosi Rodri­gues, economista do Sincovarp, responsável pelo estudo.

Emprego – Com relação ao emprego, setembro de 2017 contou com um aumento mé­dio do número de postos de trabalho de 0,38%. Entre as empresas pesquisadas 93,7% mantiveram seus funcioná­rios, enquanto 4,2% contra­taram e 2,1% demitiram. Por setores, ótica aumentou o número de colaboradores em 5,56%. Já vestuário reduziu o quadro em 2,50%.

“Mesmo com variação pe­quena, o resultado aponta dis­posição das empresas em au­mentar a equipe para o final do ano, uma vez que os quadros do comércio estão bastante enxu­tos”, avalia Rodrigues.

Modalidade de pagamen­to – No que se refere à forma de pagamentos das vendas no varejo, o cartão de crédi­to é responsável por 53,05%. Compras à vista representam 32,46% do total de transações e a prazo (cheques pré-data­dos ou carnês), responde por 14,49%. Segundo Rodrigues, é possível observar que este perfil tem se mantido relati­vamente estável desde 2013. Com predominância dos pa­gamentos com cartão de crédi­to, seguido pela opção à vista.

Análise – O cenário geral da economia não tem exibido grandes alterações. “Após um período de crise mais aguda, os agentes econômicos viram que o mundo não iria acabar, mas que os efeitos nocivos da política de gastos públicos excessivos e a falta de empe­nho em realizar as reformas necessárias dos governos pas­sados também não se dissi­pariam como numa mágica”, finaliza Rodrigues.

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