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19 de abril de 2024 | 6:26
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Ciência e Tecnologia

As 3 piores situações que podem acontecer aos oceanos

A ciência possui explicações bem complexas para a origem dos oceanos. Grande parte dos cientistas diz que a história dos mares começa lá na teoria do Big Bang, quando o planeta tinha uma temperatura extremamente alta e o vapor que circulava em volta dele começou a gerar essas bacias de água.

O que é quase um consenso entre os pesquisadores é que os oceanos fazem parte de um processo natural do planeta e que a formação deles teve participação de fortes atividades vulcânicas.

Segundo o Instituto Oceanográfico, da Universidade de São Paulo, os oceanos como conhecemos hoje existem há cerca de 200 milhões de anos. Pode parecer um tempo muito distante, mas, quando comparamos com a idade da terra, temos a fração de 1/20.

Apesar disso, é impossível pensar na vida atual sem a existência desses imensos guardadores de águas salgadas, que representam 70% de toda a superfície terrestre e são responsáveis por 97% de toda a água do mundo.

Muito mais que o lugar onde os peixes vivem, eles são essenciais para a vida de todos os seres, porque produzem a maior parte do oxigênio que respiramos e fazem a regulação climática.

Além disso, por eles circulam todas as exportações entre continentes e onde está presente um terço das reservas de petróleo do mundo, além de ter seus litorais como uma opção de lazer.

Pensando nesta importância, o Olhar Digital preparou uma lista de 3 situações ruins que podem acontecer com os oceanos, mas que seriam ainda piores, caso acontecessem agora, nesta era.

ReproduçãoA emissão de carbono acelera o aquecimento global e traz danos irreversíveis ao meio ambiente. Foto Pexels

E se todos os oceanos se transformassem em ácido?

Segundo pesquisadores, o aumento de dióxido de carbono impacta diretamente no aquecimento global. Os principais emissores deste gás, que favorecem o efeito estufa, são os automóveis.

De acordo com eles, nos anos 2100, todo o Oceano Ártico, que é o menor oceano, será convertido em ácido. Isso porque, quanto mais dióxido um oceano recebe, mais ácido ele fica, tornando-se “ácido carbônico”.

Este ácido tem um poder de ação muito forte e em alguns segundos pode causar queimaduras graves e até dissolver rochas e concretos.

Na escala que mede o potencial das soluções, que vai de 0 a 14, em seu estado comum, a água salgada do oceano apresenta o PH 8, o que é considerado um grau bom. Uma bateria, por exemplo, que tem um índice de corrosão bem alto apresenta um PH 0.

Portanto, segundo a ciência, de acordo com o aumento de dióxido na atmosfera, mais rápida será essa transformação do oceano e as consequências serão irreversíveis.

No caso dos seres vivos, nem os humanos, nem os animais suportariam o grau de toxicidade da água. Com isso, a cadeia alimentar seria impactada e dificilmente a vida na terra seria possível.

E se as algas dominassem os oceanos?

Em 2019, houve um crescimento descontrolado de algas marinhas. Do espaço, inclusive, cientistas conseguiram captar imagens delas. O aspecto do organismo é estranho e, apesar de parecer inofensivo, eles são perigosos por serem tóxicos para animais e humanos.

Já para o planeta, até que uma dominação das algas seria algo positivo. Isso porque ela é uma arma poderosa contras as mudanças climáticas, pois, produz oxigênio e absorve mais dióxido de carbono que as árvores, que já fazem este trabalho muito bem.

Além disso, há pesquisas em todo o mundo que indicam que as algas são potenciais substitutos naturais para produtos a base de plástico, como garrafas, e fonte de combustível sustentável, em uma alternativa de ajudar ao meio ambiente.

No entanto, uma possível proliferação de algas por todos os oceanos traria alguns malefícios para os seres que vivem no mar, pois, elas impediriam que a luz do sol ultrapasse a superfície do mar e alimentasse vegetações que dependem de fotossíntese.

Com isso, outros animais marinhos que se alimentam das plantas seriam extintos, como os crustáceos, e elas também se espalhariam por outros recursos hídricos do planeta. Caso isso acontecesse, dependendo do grau de toxicidade delas, haveria uma contaminação em massa, podendo provocar a morte dos seres que vivem na terra.

Portanto, segundo a ciência, a melhor maneira de se aproveitar os benefícios das algas sem perder o controle da proliferação delas, é por meio do cultivo desses organismos em laboratórios.

Assim, empresas poderiam aproveitar os benefícios destes organismos e, ao mesmo tempo, ter o controle de que elas não causariam mal para os seres vivos.

ReproduçãoAs hipóteses são baseadas em teorias científicas. Foto: Reprodução / Youtube

E se as águas dos oceanos evaporassem?

A ciência já afirma que, daqui a alguns milhões de anos, talvez bilhões, todos os oceanos vão desaparecer em razão do aquecimento global. Mas imagine que isso acontecesse agora, ainda hoje? Como seria?

Neste cenário, é bem provável que não seja mais preciso usar guarda-chuvas, pois, dificilmente ocorrerão chuvas no planeta. O motivo é que a Terra não seria capaz de manter o vapor na atmosfera, portanto, as nuvens não conseguiriam dispensar a água.

Segundo a ciência, com a evaporação das águas, o planeta se tornaria em um enorme deserto e, obviamente, os primeiros impactados seriam os seres marinhos.

Além disso, como os oceanos são responsáveis pelo controle de temperatura, outro reflexo desta evaporação seria no queimamento do globo que se transformaria em Vênus, o segundo planeta mais próximo do sol com temperatura média de 461º C.

Em questão de dias a terra seria inabitável e a humanidade desapareceria por desidratação. Talvez os camelos, que conseguem se adaptar ao calor, conseguiriam sobreviver por alguns dias a mais.

Mesmo esses bichos desérticos, desapareciam em algum tempo, pois, não teriam vegetação para se alimentar. Isso porque, tendo em vista o calor excessivo, as florestas queimariam por meses, até que toda a vegetação da face da terra se tornasse cinzas.

Fonte: What If

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