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19 de abril de 2024 | 13:35
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Aumento de estrutura e de informações

A pandemia de coronavírus que afeta o mundo todo tem exigido cada vez mais esforços de todos. Líderes, gestores, autoridades de saúde e sanitárias têm trabalhado insistentemente no combate ao vírus. Uns com a adoção de medidas e criação de regras. Outros com o enfrentamento diuturno em estabelecimentos de saúde, na realização de testes, no desenvolvimento de medicamentos e vacinas e no tratamento de doentes.

Temos buscado ampliar a estrutura de atendimento médico e hospitalar, com a ajuda de outras instâncias de governo e de insti­tuições. Ao mesmo tempo trabalhamos para aumentar o alcance de testes de covid-19 e reduzir o tempo de espera pelo resultado, como forma de antecipar diagnósticos e melhorar a assistência. Temos, entretanto, consciência da limitação de recursos, sejam financeiros, humanos ou de qualquer outra natureza.

Conseguimos, por meio de convênio com o governo estadual, ampliar a estrutura de atendimento de terapia intensiva, com 21 novos leitos de UTI para tratamento de covid-19. Os leitos serão alocados no Hospital Santa Lydia, com seis unidades, no Hospital da Ribeirânia, com dez unidades, e as demais cinco unidades irão para hospitais que serão estrategicamente definidos pela Secretaria de Saúde. O reforço chega após o governo estadual atender ao pedido de Ribeirão Preto neste momento de extrema necessidade.

Conseguimos também 15 novos leitos para o Polo Covid, ao lado da UPA da avenida 13 de Maio. Os leitos serão destinados ao tratamento de doentes moderados da covid-19, o que aliviará a utilização dos leitos de enfermaria, que também registram demanda severa. Temos o controle da situação, porém a doença tem avançado e exigido mais atenção constantemente.

Há que se considerar que o aumento do número de casos é refle­xo direto do maior número de testes realizados e rapidez nos resulta­dos. Teremos dois robôs – o primeiro já entregue – para a realização de aproximadamente 800 testes por dia. Isso nos permitirá zerar a fila de espera por testes e detectar com mais rapidez os infectados. Com a detecção e isolamento dos que testarem positivo, teremos mais uma medida de combate à proliferação do coronavírus.

O aumento de estrutura, por mais significativo que seja, não isenta ninguém dos necessários cuidados e nem diminui a necessi­dade de cuidados de todas as pessoas em manter as medidas de pro­teção. O isolamento social, uma das principais ações para se evitar o contágio, teve um pequeno aumento no final de semana passado, sem ainda atingir o nível considerado ideal, de 70%. Há também aumento de pessoas que usam máscaras, com boa parte usando de forma inadequada, o que permite a transmissão do vírus.

Por este motivo, além de buscar garantir o atendimento médico e hospitalar a todos que precisam, temos orientado de forma constan­te para a necessidade de distanciamento social, do uso de máscaras, de higienização das mãos e outras formas de barrar a progressão da doença. Sem que a orientação tenha sido suficiente, a fiscalização faz vistorias diariamente, com notificações, autuação e fechamento de estabelecimentos que descumprem as determinações. O trabalho conjunto reúne a Fiscalização Geral, Guarda Civil Metropolitana, Vigilância Sanitária e Polícia Militar.

Todo o esforço, no entanto, não trará resultados positivos se as pessoas não estiverem engajadas no esforço conjunto de afastamento definitivo da doença. E só com a redução dos índices de contágio e de internações retomaremos as atividades com segurança. Parece re­petitivo afirmar, mas é preciso lembrar que todos tomem a iniciativa de manter as medidas de prevenção. Que defendam estas posições. Não porque alguma autoridade pediu ou determinou. E sim porque é a defesa da saúde e da vida de todos.

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