18 de abril de 2024 | 22:35
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© Marcello Casal JrAgência Brasil
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Auxílio de R$ 200 deve sair do papel

O prefeito Duarte Noguei­ra (PSDB) deve anunciar na manhã desta terça-feira, 18 de maio, o projeto de lei que cria o auxílio emergencial de Ri­beirão Preto, batizado de “Aco­lhe Ribeirão”. A proposta será apresentada aos vereadores e à sociedade civil em solenidade no Salão Nobre do Palácio Rio Branco, às dez horas. O evento deve contar com a participa­ção do presidente da Câmara, Alessandro Maraca (MDB), e de outros parlamentares.

No dia 7, a Câmara de Vereadores devolveu R$ 6 milhões para a prefeitura de Ribeirão Preto. O reembolso antecipado, segundo o presi­dente do Legislativo, será usa­do para criar o auxilio emer­gencial municipal. O objetivo é complementar o benefício do governo federal.

O Tribuna já havia anuncia­do a criação do benefício com exclusividade. A devolução de recursos – duodécimo – por parte da Câmara costuma ocor­rer no final do ano, mas foi an­tecipada para ajudar o Executivo a implantar o programa. Após a solenidade desta terça-feira, o prefeito deve encaminhar o pro­jeto ao Legislativo.

O Tribuna apurou que 20 mil pessoas devem ser bene­ficiadas com o pagamento de três parcelas no valor de R$ 200 cada, R$ 4 milhões por mês, R$ 12 milhões no total. Não haverá exigência de contrapartida, mas a prefeitura vai oferecer cursos de capacitação para quem dese­jar. Outras propostas de auxílio foram discutidas pelo governo, mas esta prevaleceu.

Parte do recurso para bancar o auxílio investimento virá da prefeitura e a outra, da Câmara de Vereadores. Oficialmente, os recursos devolvidos pelo Legis­lativo podem ser usados como a prefeitura desejar, mas um acor­do de cavalheiros foi firmado para a destinação do dinheiro para o auxilio emergencial.

Também existe a possibili­dade do benefício ser prorro­gado em caso do agravamento da pandemia de coronavírus. Terão direito ao auxilio muni­cipal pessoas que já recebem o emergencial do governo fe­deral, pois a ideia é que os R$ 200 extras por mês ajudem a complementar o valor pago pela União, considerado muito baixo pelos beneficiados.

O auxílio emergencial fede­ral sé pago em quatro parcelas mensais de R$ 250, em média, exceção às mulheres chefes de família monoparental, que te­rão direito a R$ 375, e aos in­divíduos que moram sozinhos, que receberão R$ 150. Cerca de 45,6 milhões de pessoas em todo o país devem receber o benefício federal este ano, em um investimento de aproxima­damente R$ 43 bilhões do Or­çamento da União.

As pessoas que já recebem, além do auxilio federal, o bene­fício criado pelo governo de São Paulo não terão direito ao muni­cipal, pois já são atendidas com verba complementar. O Estado tem dois programas de apoio para amenizar os impactos da pandemia de covid-19. Um de­les é uma bolsa de R$ 210, em parcela única, para jovens de­sempregados que fizerem um curso de qualificação.

Também está em análise na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) a criação do Pro­grama Bolsa Trabalho, que pre­vê a concessão de R$ 450 por até cinco meses para 70 mil pessoas. No ano passado, os integrantes da Mesa Diretora da Câmara, presidida por Lincoln Fernan­des (PDT), que deixou o cargo em 31 de dezembro, decidiu re­duzir o percentual de 4,5% sobre as receitas correntes do municí­pio a que tem direito constitu­cionalmente para 3,79%.

Com a redução solicita­da pelo Legislativo. o repas­se constitucional previsto na Lei de Diretrizes Orçamen­tárias (LDO) de 2021, de R$ 69.907.999, deve cair para R$ 65.437.999,00 milhões. A Câ­mara de Ribeirão Preto devol­veu R$ 23,8 milhões para a Se­cretaria Municipal da Fazenda em 2020. Em 2019, a devolu­ção foi de R$ 17,7 milhões.

Em toda a legislatura passa­da (2017-2020), cerca de R$ 74,9 milhões voltaram aos cofres da prefeitura de Ribeirão Preto por meio de devoluções feitas pelo Legislativo. Neste ano o custo da Casa com pessoal deve ser mais baixo, já que o número de vereadores caiu de 27 para 22 – consequentemente, também há menos gabinetes e assessores.

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