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29 de março de 2024 | 11:44
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Justiça

Bando é condenado por sequestro em RP

A juíza Carolina Moreira Gama, da 2ª Vara Criminal de Ribeirão Preto, condenou quatro pessoas pelo sequestro de um empresário que atua no ramo veículos na metrópo­le, em junho do ano passado, quando a vítima tinha 74 anos. O idoso passou seis dias em um cativeiro, em Jardinópolis.

Wanderson Gleister Al­meida Gonçalves e Francisco Sousa Araújo Filho foram con­denados a 17 anos de reclusão por extorsão mediante seques­tro. Alexandre Jesus Santos recebeu a pena de 16 anos e Jonathan Francisco de Carva­lho foi sentenciado a 19 anos de prisão. Presos em flagrante, os quatro deverão cumprir as penas em regime fechado.

Em 19 de junho, a Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Ribeirão Preto e agentes da Divisão Antissequestro do De­partamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP) li­bertaram o empresário após seis dias de sequestro. A quadrilha pedia R$ 600 mil de resgate, se­gundo informações da delegada Silvia Mendonça.

A juíza absolveu Luiz Carlos Cordeiro por falta de provas, mas o advogado dele, Sérgio Augusto Lélis Filho, diz que vai recorrer por acreditar que seu cliente é inocente. Também vai pedir indenização ao Estado pelo tempo em que o homem passou na prisão, entre julho e março deste ano. A investigação havia concluído que o suspeito, na época com 64 anos, passou informações sobre a rotina da vítima aos sequestradores.

O advogado Lélis Filho já havia dito no dia da prisão de Cordeiro que provaria a inocên­cia de seu cliente. Já a vítima foi libertada pela Polícia Civil de­pois que a família se recusou a negociar o resgate. O Ministério Público Estadual (MPE) havia denunciado os cinco por orga­nização criminosa e extorsão mediante sequestro.

Os quatro acusados fo­ram presos depois que os agentes policiais invadiram o cativeiro. O empresário foi libertado e socorrido – é diabético e faz uso de medi­camentos controlados. Se­gundo os sequestradores, a família começou a ganhar tempo, ofereceu R$ 50 mil e o bando não aceitou. A vítima é dona de uma revendedora de veículos em Ribeirão Preto.

A quadrilha pagava R$ 230 de diária pelo aluguel do cativeiro. Os suspeitos foram descobertos pela Polícia Ci­vil, a partir de uma foto pos­tada em uma rede social na internet: um dos investigados estava com o mesmo mole­tom usado quando esteve no comércio da vítima, semanas antes do sequestro.

Câmeras de segurança da revendedora de carros gravaram três dos quatro homens no lo­cal, dizendo-se interessados em comprar um veículo. Um deles, ainda de acordo com a polícia, até preencheu um cadastro, in­formando números de Cadastro de Pessoa Física (CPF), Registro Geral (RG, a cédula de inde­tidade) e celular verdadeiros.

Na época, Araújo Filho tinha 35 anos, Jonathan Francisco de Carvalho, 31 anos, Alexandre Jesus Santos, 20, e Wanderson Almeida Gonçalves, 30. Na de­legacia, este último contou que foi procurado pelo chefe da quadrilha. O grupo foi autua­do por extorsão mediante se­questro e promover, constituir, financiar ou integrar organiza­ção criminosa.

Ainda na delegacia, Santos também contou que aceitou participar do sequestro porque precisava do dinheiro. No local utilizado como cativeiro foram apreendidos um carro, uma arma falsa, um cartão bancá­rio, três máquinas de cartão, um par de algemas, seis celula­res e R$ 3.388 em dinheiro.

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