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20 de abril de 2024 | 10:46
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Botafogo vence no final da partida, ganha nos pênaltis e está na Série B

O Botafogo de Ribeirão Preto está de volta à Série B do Campeonato Brasileiro. A conquista veio ao final de um jogo dramático, contra o seu xará paraibano, que entrou no gramado do Santa Cruz na noite deste domingo (26) para jogar por um empate. E isso estava quase garantido, não fosse Caio Dantas, nos acréscimos, aos 47’e 20”, mandar uma ‘balaço’ no ângulo esquerdo do goleiro Saulo.

Com o resultado a decisão foi para a cobrança de penalidades.  Aí o goleiro Tiago Cardoso vez a diferença ao defender a cobrança de Marcos Aurélio, repetindo o que ocorrera no Almeidão, no domingo anterior, quando o goleiro foi buscar um pênalti também cobrado pelo meia adversário.

Para celebrar a conquista, faltava ao Botafogo marcar na sua quarta cobrança, já que Juninho havia mandato a bola no travessão de Tiago Cardoso, e assim selar a sorte do Pantera. O vice-artilheiro do campeonato, Felipe Augusto, bateu sem chances para Saulo. Por 4 a 3, o Fogão conquistou sua vaga na Série B no ano em que irá completar se centenário, em outubro.

O jogo

O time de Léo Condé encontrou dificuldades para superar o forte esquema defensivo montado pelo técnico Evaristo Piza, que formou duas linhas de quatro jogadores à frente da zaga. Mesmo assim, o Botafogo teve inúmeras chances de abrir o marcador, todas perdidas ou anuladas pelo goleiro do time paraibano. No final do segundo tempo, o zagueiro Gladstone, que jogou pelo time de Ribeirão Preto o Campeonato Paulista, desviou uma bola com a mão, mas o árbitro nada marcou.

Os mais de 23 mil torcedores que foram ao Santa Cruz por várias vezes se irritaram com o time, que precisava vencer por dois  gols de diferença para conquistar o acesso ou, na pior das hipóteses, vencer pelo placar mínimo e esperar pelo desempenho de seus batedores, além de depositar nas mãos de Tiago Cardoso a responsabilidade de impedir a conquista do oponente.

Como havia acontecido em João Pessoa, o setor de meio-campo do Fogão não funcionou a contento e o time passou quase que 80 minutos explorando as jogadas pela ponta-direita, onde estava Pimentinha. O atacante criou várias oportunidades para seus companheiros, mas acabou cansado sem ter mais forças para dar sequência à única opção de jogo do time, as bolas alçadas na área.

Com e entrada de Salino, e de Éverton Santos, isto após Fábio Alves ter sido expulso por receber o segundo cartão amarelo por jogada violenta, a equipe conseguiu criar poucas jogadas pelo meio. E foi por um erro da defesa do time paraibano, que apostou tudo em uma retranca bem montada, que veio o gol da vitória no tempo regulamentar e que levaria a decisão aos pênaltis.

Salino recuperou uma bola na entrada da área e tocou para o artilheiro Caio Dantas, entre os zagueiros, bater forte, no alto e balançar a redes do goleiro Saulo. Com a vantagem no marcador, o time de Léo Condé ainda tentou buscar o segundo gol, o que não aconteceu.

Os outros times que conquistaram acesso à Série B foram: Operário-PR, Bragantino-SP. A última decisão será nesta segunda-feira, entre Cuiabá e Atlético Acreano.

Acesso em 1966

Com a vitória nos pênaltis, Botafogo repetiu um triunfo de 1996, há 22 anos, quando foi vice-cam­peão da Série C e subiu para a Série B do Campeonato Brasi­leiro. O acesso ocorreu em de­zembro daquele ano, em uma disputa com o goiano Vila Nova, que se sagrou campeão invicto. No primeiro jogo, disputado em Goiânia, o Pantera foi derrotado por 2 a 1. No jogo de volta, em Ribeirão Preto, diante de 10.168 torcedores, nova derrota, desta vez por 1 a 0.

 

Em 1996, o acesso não passava de um sonho distan­te para os dirigentes botafo­guenses da época. O chegou a cogitar não participar da com­petição para evitar despesas, porém essa ideia foi descarta­da e um time formado em sua grande maioria por pratas da casa conseguiu a vaga na Série B do ano seguinte. Além de jo­vens valores, o Botafogo tam­bém apostou na época em José Mario Crispim como técnico da equipe.

Na primeira fase, o Bota­fogo ficou no Grupo 13 e se classificou em primeiro lugar, com 15 pontos, ao lado do extinto Corinthians de Presi­dente Prudente, que somou 12 pontos. Ficaram pelo caminho o Comercial, União Bandei­rante-PR e o Matsubara-PR.

A partir da segunda fase começaram os mata-matas. Uberlândia-MG, Atlético So­rocaba, Rio Branco e Figuei­rense-SC não foram páreos para o Botafogo. Os jogos na época foram realizados no estádio Palma Travassos, pois o gramado do Santa Cruz passava por reformas.
Em 1º de dezembro de 1996, o Botafogo fazia o pri­meiro jogo da final da Série C contra o Vila Nova-GO, do técnico Roberval Davino. O Tricolor de Ricardo Gomes; Ja­pinha (Júlio César), Jivago, Ro­gério e Rubens Cardoso; Gus­tavinho, Douglas, Torrinha e Claudinho (Rodrigo Nozé); Adilson Balinha (Alex Bala) e Lucas foi derrotado, por 2 a 1, no Serra Dourada. Os gols fo­ram anotados por Ryuller e Sa­bino para os goianos e Gustavo descontou para o Pantera.

Foto: Reprodução

 

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