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28 de março de 2024 | 6:22
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Economia

Botijão de gás pressiona a inflação

Pressionada pela terceira alta consecutiva no preço do gás de botijão, a prévia da inflação oficial do país, medida pelo Índice Na­cional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), fechou o mês de outubro com variação de preços de 0,34%. Em relação a se­tembro, o índice subiu 0,23 ponto percentual. A Petrobras aumen­tou em 12,9% GLP vendido em botijões de até 13 quilos. O au­mento vale desde 11 de outubro.

A empresa informou ainda que, para o consumidor, o pre­ço do botijão de gás liquefeito de petróleo de 13 quilos (GLP P-13) subiu, em média, em 5,1% ou cer­ca de R$ 3,09 cada. Em Ribeirão Preto, os preços variavam de R$ 65 a R$ 75 e saltaram para entre R$ 68 e R$ 78, o mais caro do Es­tado de São Paulo e o 11º do País, segundo a Agência Nacional de Petróleo (ANP).

Divulgado nesta sexta-feira, dia 20, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o IPCA-15 fechou o acumula­do no ano (janeiro-outubro) em 2,25%, resultado que chega a ser 3,86 pontos percentuais inferior aos 6,11% do mesmo período do ano passado. Este é o menor acu­mulado para um mês de outubro desde os 2,22% de 2006. Nos úl­timos doze meses, o índice ficou em 2,71%, resultado acima dos 2,56% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em outubro de 2016, o IPCA-15 ha­via sido de 0,19%.

A alta foi pressionada pelos preços dos combustíveis, em especial o gás de botijão, que fechou outubro com alta de 5,72%. Foi o terceiro aumento consecutivo e a maior alta des­de outubro de 2015. O impacto do gás de botijão no IPCA-15 deste mês foi de 0,07 ponto per­centual. O GLP impactou a alta de 5,36% dos combustíveis do­mésticos, que influenciaram o grupo habitação, que fechou o mês com elevação de 0,66%.

Segundo o IBGE, a influência da habitação na medição geral ficou abaixo dos transportes (im­pacto de 0,11 ponto percentual), afetado também pelos reajustes nos combustíveis. A gasolina teve alta de 1,45% entre setembro e outubro, mesmo com a leve desa­celeração em relação período an­terior, quando a taxa foi de 3,76%. Pesou ainda o aumento de 7,35% nas passagens aéreas.

O grupo dos alimentos fechou outubro com deflação (inflação negativa) de 0,15%. A nova que­da foi menor que a de -0,94% de setembro. Contribuíram para a baixa nos preços o alho (-9,88%), o feijão-carioca (-5,95%), o açú­car cristal (-3,63%) e o leite longa vida (-3,52%). Enquanto isso, ti­veram alta no período as carnes (0,54%) e frutas (1,40%) .

Nos índices regionais, a região metropolitana de Curitiba teve a maior alta nos preços (0,66%), seguido por Salvador (0,64%). Por outro lado, as quedas mais intensas ocorreram na regiões metropolitanas do Rio de Janeiro (-0,08%) e do Recife (-0,07%).

Com a mesma metodologia do IPCA (indicador que mede a inflação oficial do país), o IPCA-15 tem periodicidade diferente: vai da segunda metade do mês anterior à primeira metade do mês de referência. Ele diz res­peito à variação dos preços para as famílias de um a 40 salários mínimos, e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janei­ro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Forta­leza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e Goiânia.

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