24 C
Ribeirão Preto
19 de abril de 2024 | 23:56
Jornal Tribuna Ribeirão
Início » Brasil decide expulsar principal diplomata do país
Política

Brasil decide expulsar principal diplomata do país

Após três dias do anúncio da expulsão do embaixador brasi­leiro em Caracas, o Itamaraty se adiantou ao comunicado oficial da Venezuela e decidiu apli­car reciprocidade, declarando como persona non grata o en­carregado de negócios do país vizinho em Brasília.

O encarregado de negócios da Venezuela, Gerardo Anto­nio Delgado Maldonado, estava em Brasília desde que o governo venezuelano retirou seu embai­xador do Brasil como parte do congelamento de relações após o impeachment de Dilma Rousseff.

Três dias após a Assembleia Constituinte da Venezuela de­clarar o embaixador brasileiro em Caracas, Ruy Pereira, perso­na non grata — o que significa que o diplomata será expulso —, o Brasil ainda não recebeu a notificação oficial. Pereira está no Brasil, onde pretendia passar as festas de fim de ano. Por sua vez, o Canadá, cujo embaixador também teve a retirada ordena­da pelo chavismo, aplicou a reci­procidade durante o Natal.

Pereira foi declarado perso­na non grata pela Assembleia Nacional Constituinte (ANC) chavista no último sábado. Em nota divulgada no mesmo dia, o Itamaraty disse que “tomou conhecimento” da expulsão do diplomata brasileiro e que “caso confirmada, essa decisão demonstra, uma vez mais, o caráter autoritário da adminis­tração de Nicolás Maduro e sua falta de disposição para qual­quer tipo de diálogo”. O Itama­raty não tem nenhuma previ­são de enviar outro embaixador brasileiro a Caracas.

A presidente da Constituin­te da Venezuela, a ex-chanceler Delcy Rodríguez, confirmara ainda a declaração de persona non grata do encarregado de negócios da Embaixada do Ca­nadá, Craib Kowalik.

“No âmbito da competên­cia da Assembleia Constituin­te, decidimos declarar como persona non grata o embaixa­dor do Brasil até que se resti­tua o fio constitucional que o acusando Brasil e Canadá de “permanente e grosseira intro­missão nos assuntos internos da Venezuela” e questionando a legitimidade do governo de Michel Temer.

Mais notícias