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19 de abril de 2024 | 10:06
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Brumadinho – Número de mortes em desastre sobe para 224

A Defesa Civil de Minas Gerais atualizou para 224 o número de mortes confirma­das após o rompimento de uma barragem de rejeitos da mineradora Vale em Bru­madinho, na região metro­politana de Belo Horizon­te. A Mina do Córrego do Feijão rompeu-se em 25 de janeiro deste ano. A tragédia ocasionou, além da morte de funcionários da mineradora e moradores da cidade, a con­taminação do Rio Paraopeba.

O rio passou a apresentar nível de cobre 600 vezes maior do que o normal, conforme apurou a Fundação SOS Mata Atlântica. O rio era responsá­vel por 43% do abastecimento público da região metropolita­na de Belo Horizonte. Após o rompimento da barragem da Mina do Córrego do Feijão, a mineradora atualizou a situação de outras barragens. Desde en­tão, o receio de novas tragédias fez com que mineradoras pas­sassem a reavaliar suas estrutu­ras em todo o país e a aumentar o fator de segurança de algu­mas delas, de um para dois.

No início de abril, a Vale afirmou que 17 de suas barra­gens não tinham declaração de estabilidade válida. Além de Brumadinho, já foram evacua­das pela Vale comunidades nas cidades mineiras de Rio Preto, Barão de Cocais, Nova Lima e Ouro Preto. Moradores tam­bém já foram retirados de suas casas nos municípios mineiros de Itatiaiuçu, devido aos riscos envolvendo uma estrutura da Arcellor Mittal, e de Rio Acima, após problema constatado pela empresa Minérios Nacional.

Processos
Em decorrência do episó­dio, a Vale responde a processo na Justiça para reparação dos danos às vítimas e ao meio am­biente. A empresa já teve mais de R$ 13 bilhões bloqueados por decisão judicial. Em mar­ço, representantes do Minis­tério Público de Minas Gerais (MPMG) denunciaram em audiência na Assembleia Le­gislativa de Minas Gerais que a mineradora estava atrasando pagamentos emergenciais às famílias afetadas.

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