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28 de março de 2024 | 17:04
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Calou-se um ‘trovão’

Geralmente, quando acontece alguma coisa de extraordi­nário, todos querem falar ao mesmo tempo, seja para enalte­cer, seja para criticar, ou mesmo para desabafar.

Desabafar seria um termo de confissão, estar relatando a alguém algo que o incomoda, que nem sempre lhe vale a pena. Mas, quando o que aflige pode ser público, então falam e escrevem aos quatros ventos, enfim, usam a energia da ma­neira que mais lhes convém.

Desabafo talvez se torne um perigo, mas do que hoje estou comentando, não tem nada a esconder, porque não estamos colocando ninguém como conselheiro nem tão pouco como psicólogo.

Todos que lerão estas linhas terão o direito de concordar ou contradizer com o que estamos desabafando, até porque, tenho muito claro em mim, que desabafar não é falar mal.

As nossas frustrações, ou seja, uma indignação do povo brasileiro, não é de não poder falar, é de não ser ouvido. Geralmente, a palavra do povo não tem eco. O que eu falo é como uma fruta que cai do pé, ali ela cai e ali ela apodrece; dependendo do lugar, ela pode germinar e gerar outros fru­tos, mas a voz do povo sempre morre ali.

Desabafar é preciso, mas é necessário saber que tem al­guém que vai ouvir, e que saiba ouvir os seus desabafos.

O povo tem sentimentos e emoções e isso não pode ficar acumulado. Mas, quando é que ele, o povo, coloca para fora tudo aquilo que pensa?

Isto só pode acontecer quando temos uma voz que retum­ba, uma voz que tem a co-ragem de falar em nome do povo, que fala com coerência, sabedoria, inteligência, mas que seja convincente como se fosse um trovão que abala qualquer barreira, e que todos temem que ela se rompa.

Tínhamos este trovão, era respeitado até pelos que ele criticava em seus desaba-fos.
O seu desabafar era um sentimento aflito, era a oportuni­dade que o povo tinha, e sentia nele uma companhia agradá­vel, sabendo que suas palavras eram aquelas que gostariam de estar jorrando, ele era o “porto seguro dos brasileiros”.

De uma forma inesperada, CALOU-SE O NOSSO TRO­VÃO, Ricardo Eugênio Boechat.
Povo brasileiro, existem no horizonte alguns relâmpagos, e outros trovões virão!

Aguardem!!!

Jamais será esquecido!

Nossas lembranças: HTTPS://www.youtube.com/watch?­v=QspFIOJLZhE&t=17s

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