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16 de abril de 2024 | 4:34
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© Marcello Casal JrAgência Brasil
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Política

Câmara pode derrubar veto a projeto do IPTU

A Câmara de Ribeirão Pre­to vai decidir, na sessão desta quinta-feira, 11 de agosto, se acata ou rejeita o veto do pre­feito Duarte Nogueira (PSDB) ao projeto do vereador Emilio Cury (Novo) que pretende implantar, no município, a política de transparência do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU). O assunto está na pauta de hoje.

Cury é o primeiro suplente do Partido Novo em Ribeirão Preto, e durante dez dias de junho ocupou o cargo devido à licença do titular da cadeira, André Rodini (Novo), que se afastou para tratar de assuntos pessoais. A proposta foi apro­vada em 30 de junho, mas foi vetada por Duarte Nogueira segundo consta no Diário Ofi­cial do Município.

Explicação
De acordo com a justifica­tiva da prefeitura, “ao obrigar a gravação de informações nos respectivos carnês de IPTU, o vereador instituiu verdadeiro ato típico de gestão adminis­trativa, avançando sobre ma­téria cuja atribuição é do chefe do Executivo.”

“Nessa linha, o Executivo é o único ente apto a cumprir a formulação política e a re­dação técnica dos projetos de lei, cujos fins são intimamente conexos com a atividade ad­ministrativa”, diz parte do tex­to publicado no Diário Oficial do Município.

A proposta
O projeto prevê que o car­nê do IPTU deverá trazer in­formações com o valor total de arrecadação do tributo no bairro em que o imóvel está localizado, além do percentual de inadimplência verificado na região, no exercício anterior ao da expedição do documento.

Além disso, o carnê deve conter o valor da dívida exis­tente para o imóvel e as pro­vidências necessárias para a sua regularização e instru­ções gerais sobre prazos e condições para abertura de procedimento para revisão, reclamação, contestação ou im­pugnação do tributo lançado.

Guia e site
O projeto ainda prevê que os dados completos e pormenori­zados deverão ser disponibiliza­dos em endereço eletrônico mu­nicipal a ser informado na guia de arrecadação do IPTU, bem como as informações relativas à forma de cálculo utilizada pela prefeitura para a obtenção do valor do tributo do imóvel.

De acordo com Emilio Cury, as informações possibilitarão a fiscalização do cidadão quanto a arrecadação, inadimplência e o melhor entendimento a respei­to da arrecadação do tributo. O parlamentar também argumen­ta que outras cidades estão apro­vando legislação semelhante.

Exemplos
Este é o caso de Porto Alegre (RS) e Juiz de Fora (MG). Em Campinas (SP), projeto seme­lhante foi aprovado pela Câmara de Vereadores na semana passada. O pagamento do IPTU de 2022 rendeu R$ 278.984.965,35 para a prefeitura de Ribeirão Preto, segundo dados apurados até 16 de março e divulgados pela Se­cretaria Municipal da Fazenda.

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