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19 de abril de 2024 | 4:48
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Carta aberta ao meu filho Mario, 118 mil votos!

Caro Mario, quem poderia imaginar que aquela crian­cinha de quase um ano, a dar seus primeiros passos para alcançar os braços do seu pai e depois… adolescente, mais adepto a brincar na rua do que aos estudos e depois… arranca o canudo do diploma e o leva na boca… e depois… a preparar o concurso deitado no colchão, boiando na piscina e depois… destemido e criativo luta no GOE e depois… coordena o Garra valorosamente e depois… se joga em campanha política infatigável contra os que possuem grande capitais e até rejeita como legal, mas imoral o fundo partidário para se eleger!

Agora 118 mil pessoas depositaram pelo voto, suas espe­ranças em você. E se a isso somarmos todas as pessoas do imenso Brasil que viram seu combate contra a delinquência, com certeza, este número se multiplicará! Que responsabi­lidade, meu filho! Você lutou, não se corrompeu frente ao dinheiro oferecido.

Recusou libertar o dono do desmanche que através de pessoa “importante” te pedia para dar um jeitinho… Você me­receu os 118 mil votos! Não são números. É gente de todas as classes que desejam honestidade e paz para trabalhar e viver. Deus te ajude a levar a frente os propósitos que Ele mesmo implantou no seu coração.

A luta quotidiana na polícia forjou a centelha divina que habita seu coração. Você cresceu, não precisa dos conselhos do velho pai. Mas, me permita dizer-lhe: você está entrando em ambiente hostil, onde prevalece o interesse pessoal e não o bem público. Você sabe bem disso. Para os cristãos, ao dizer de Paulo VI, política é o mais alto serviço da caridade em prol do povo.

O Brasil como nunca se encontra em uma situação quase de declaração de guerra civil. Prevalece o acirramento da polarização. Esquerda e direita se digladiam em batalhas fratricidas, fechando-se em fortaleças herméticas sem possi­bilidade de tréguas ou diálogos. O outro deve ser eliminado! Os cristãos não pensam assim. Dialogam com todos, pois, mesmo com o pior adversário podemos aprender algo e ini­ciar um colóquio, para trabalhar para o bem da sociedade.

Papa Francisco, ao insistir em construir pontes e não muros, é exemplo de cristianismo. Ele sabe, por exemplo, que a China comunista persegue os cristãos, mas acha melhor o diálogo do que o fechamento. Parabéns, meu filho! Cento e dezoito mil e mais filhos de Deus e do Brasil confiam em você!

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