Luciano Mega (PDT), presidente da Comissão Especial de Estudos que analisa a viabilidade da implantação de uma unidade do Instituto Butantan em Ribeirão Preto (CEE do Butantan), encaminhou solicitação de audiência ao secretário de Estado da Saúde, David Uip. A reunião, ainda sem data agendada, tem por objetivo pedir autorização para que o centro de pesquisa abra um novo departamento na cidade, em anexo ao Hemocentro.
Mega, que é médico, explica que a CEE espera contribuir para que o Instituto Butantan possa ampliar sua atuação na área de biotecnologia aproveitando o know-how do Hemocentro de Ribeirão Preto. “Ao contrário do que muitos imaginam, a atuação do Hemocentro vai muito além da fabricação de hemoderivados. E a ideia é aproveitar os recursos humanos que temos aqui em Ribeirão Preto para que o Butantan avance na área de biotecnologia, em especial na fabricação de produtos de terapia celular e biologia molecular’, explica.
Tanto o Hemocentro de Ribeirão Preto quatro o Instituto Butantan são dirigidos por Dimas Tadeu Covas, que vem oferecendo apoio decisivo ao projeto de abertura em Ribeirão Preto, em um terreno anexo ao hemonúcleo, de um departamento do centro de pesquisa.
“Pelo que estamos informados, o Butantan não pleiteia no momento verbas da Secretaria da Saúde, mas apenas a autorização do secretário para a abertura desse novo departamento. Aprovada a autorização, Hemocentro e Butatan vão eles próprios sair à busca de recursos”, informa Mega. A CEE é formada também por Gláucia Berenice (PSDB), Elizeu Rocha (PP), André Trindade (DEM) e Jean Corauci (PDT).
No dia 19, os vereadores se reuniram com gestores da Fundação Hemocentro no campus da Universidade de São Paulo (USP) para discutir o projeto de um prédio anexo dentro da unidade de saúde. Mega diz que já existe uma verba de para isso. Os parlamentares conheceram o local onde se pretende instalar esse “braço” do Butantan na cidade. Eles foram recepcionados pelo representante da presidência, Ricardo Haddad.
O Instituto Butantan, vinculado à Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo e um dos maiores centros de pesquisas biomédicas do mundo, celebrou nesta sexta-feira, 23 de fevereiro, seu 117º aniversário com programação especial e uma trajetória de sucesso.
Reconhecido mundialmente por sua atuação em pesquisa científica, inovação, produção e desenvolvimento de produtos biológicos, o Butantan virou instituição em fevereiro de 1901, sob o comando do diretor Vital Brazil, com a denominação de Instituto Serumtherápico.
Antes disso, em 1899, um surto de peste bubônica assolava a região do porto de Santos, levando o governo de São Paulo a adquirir a Fazenda Butantan para criar um laboratório de produção de soros, que deu origem ao instituto. Até hoje é um dos principais produtores de soros e vacinas do país.
“É uma grande satisfação fazer parte das transformações pelos quais o Butantan está passando, com a profissionalização e reorganização da gestão, as reformas nas áreas de produção, incentivos para a educação, parcerias com a iniciativa privada para a transferência de tecnologias e inovação a partir do desenvolvimento de novos produtos”, afirma Dimas Tadeu Covas, diretor do Instituto.
Para comemorar essa longa trajetória de contribuição à saúde pública, a instituição realizou sexta-feira (23) uma programação especial que contará com a presença de autoridades, anúncio de parcerias e o lançamento do programa “100 anos da Gripe Espanhola – Imagine o mundo sem vacinas”