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19 de abril de 2024 | 17:31
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Economia

Chocolate começa a faltar nos mercados

Os preços mais altos têm feito os supermercados apos­tarem menos na reposição de itens não essenciais. No mês de maio, a indisponibilidade de chocolates disparou nas gôn­dolas e a venda dessa categoria de produtos diminuiu. A falta de barras de chocolate nas pra­teleiras atingiu o patamar de 20,3%, maior indisponibilida­de desde maio de 2020, quan­do o índice atingiu 17,8%.

Em abril, o indicador havia ficado em 11,1%. Os dados são do Índice de Ruptura da Neo­grid, que considera os dados de cerca de 80% das maiores redes supermercadistas do Brasil. Ain­da de acordo com o indicador, a venda média de unidades regis­trou o menor volume em três anos (2020 a 2022), repetindo o patamar de janeiro passado. Por questões contratuais, no entanto, a Neogrid não divulga números absolutos de estoque e venda.

Para o diretor de Sucesso do Cliente da Neogrid, Robson Mu­nhoz, com a inflação e o embate entre indústria e varejo para que o custo da produção não seja re­passado aos itens nas gôndolas, os varejistas vêm trabalhando com estoques cada vez menores e repondo menos os chamados produtos de indulgência, aque­les que os consumidores com­pram para se presentear.

“O supermercado abasteceu menos, a prateleira está menos reforçada, e, tirando o efeito Pás­coa, quando a ruptura no mês seguinte ao evento de fato sobe um pouco, agora o que vimos é uma diminuição de estoque e de venda – o varejo comprou menos chocolate porque acre­ditou que venderia menos em virtude do aumento de preço e da dificuldade de dinheiro do consumidor no supermercado”, afirma Munhoz.

Em abril, mês da Páscoa, o chocolate esteve presente em 14% dos carrinhos de compras, enquanto em maio essa propor­ção caiu para 9,5%, derrubando também o tíquete médio em 43% e o número médio de uni­dades de 2,7 para 2,1. Nos doze meses entre junho de 2021 e maio de 2022, segundo a Horus, o preço médio do chocolate au­mentou 22,7%.

No ano de 2022, o Índice Nacional de Preços ao Consu­midor Amplo – o indexador oficial de preços – acumula alta de 4,78% e, nos últimos doze meses, de 11,73%. A ruptura geral das categorias em maio ficou em 11,5%, pouco acima dos 10,8% registrados em abril e também em março. Estoque e venda gerais praticamente não se alteraram em relação a abril – mês que registrou o me­nor estoque desde o começo da pandemia, em 2020.

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