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19 de abril de 2024 | 15:12
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Ciência e Tecnologia

Cientistas criam material flexível luminoso que se ‘cura’

Uma equipe de cientistas da Universidade Nacional de Singapura desenvolveu um display eletrônico flexível que se “cura” quando danificado. A intenção é aplicá-lo a dispositivos capacitores emissores de luz, já que o material também é capaz de emitir brilho.

Chamado de HELIOS (sigla em inglês para os termos Extensível Optoeletrônico Iluminável de Baixo Campo Curável), o display é como uma folha de borracha transparente feita de uma “mistura única” de fluoroelastômero e surfactante, como explicou a equipe desenvolvedora.

“Conforme os humanos se tornam cada vez mais dependentes de máquinas e robôs, há um enorme valor no uso do HELIOS para criar dispositivos ou telas emissores de luz ‘invencíveis’ que não são apenas duráveis, mas também eficientes em termos de energia”, contou Benjamin Tee, principal autor do HELIOS. “Isso pode gerar economia de custos a longo prazo para fabricantes e consumidores, reduzir desperdício eletrônico e consumo de energia e, por sua vez, permitir que tecnologias avançadas de exibição se tornem ambientalmente amigáveis”, completou.

De forma resumida, os fluoroelastômeros são borrachas sintéticas à base de fluorocarbono, enquanto os surfactantes são substâncias que diminuem a tensão superficial entre dois líquidos. Graças ao seu alto poder de limpeza, pois conseguem envolver a sujeira, os surfactantes são muito utilizados em produtos como detergentes.

Com a junção desses dois elementos, o HELIOS possui uma alta permissividade elétrica – ou seja, uma alta capacidade de resistir ao campo elétrico de uma carga induzida, o que lhe permite armazenar mais cargas eletrônicas em tensões mais baixas do que outras tecnologias flexíveis similares. O resultado dessa resistência é uma luz 20 vezes mais brilhante do que a dos concorrentes, mesmo com tensões quatro vezes menores, podendo, inclusive, funcionar sem alimentação por fio.

Além disso, as moléculas presentes no HELIOS são reversíveis, o que possibilita que o display se reconstrua após ser cortado ou perfurado, sem a necessidade de uma temperatura pré-determinada ou ambiente adequado.

Assim que for completamente desenvolvida, a tecnologia deverá ser aplicada em monitores sem fio de longa duração ou, até mesmo, em robôs que trabalham em ambientes escuros.

Via: New Atlas

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