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20 de abril de 2024 | 1:40
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Cultura

Clube discute obra de Camus

A atração deste mês do Clube do Livro – projeto da Fundação do Livro e Leitura de Ribeirão Preto, coordena­do pela bibliotecária Gabriela Pedrão – será

“A Peste”, do escritor, filó­sofo, romancista, dramatur­go, jornalista e ensaísta fran­co-argelino Albertt Camus (1913-1960). O debate será neste sábado, 25 de setembro, às 16 horas. A atividade será transmitida pela plataforma de reuniões Zoom e replica­da na plataforma e YouTube da fundação.

Escrito em 1947, um pe­ríodo pós-guerra, a obra de Camus recebeu atenção re­cente por conta da pandemia da covid-19. O livro conta a história da chegada de uma epidemia à cidade argelina de Orã. Sob o olhar do persona­gem principal, um médico que combate a doença até o fim e após muitas mortes, o narrador descreve como a po­pulação vai reagir, caminhan­do da apatia à ação, e como al­guns vão se expor ao risco de contaminação para enfrentar a disseminação da doença.

“Ele é um clássico e nós o escolhemos por tudo que esta­mos vivendo com a pandemia. ‘A peste’ foi um livro muito lido e discutido durante os últimos meses na comunidade leitora. É uma obra importante e que reflete tudo o que estamos vi­vendo, tanto na crise política quanto na sanitária”, comenta Gabriela Pedrão.

Segundo a bibliotecária há, ainda, espaço para outras visões na obra: como os apro­veitadores que lucram com o mercado paralelo de pro­dutos e as autoridades, que hesitam em fazer campanhas abordando a doença. “Espero conversar sobre a situação que estamos vivendo no Brasil, em diversos aspectos diferentes, fazendo uma conexão com a cidade da obra, que enfrenta uma epidemia e todos os seus desdobramentos nos habitan­tes e na política”, adianta.

Albert Camus referenciou a ocupação nazista da França para escrever “A Peste”, já que, na época, não havia nenhuma crise sanitária no país. O autor foi vencedor do Prêmio Nobel de literatura em 1957 e já ven­deu, até 2020, 24,7 milhões de exemplares, isso sem contar as traduções. “A Peste” é um dos maiores livros a ter uma epi­demia como tema central.

Em agosto, o Clube do Livro discutiu o clássico “1984”, best-seller do escri­tor britânico George Orwell (1903-1950). Em julho, a obra escolhida foi “Flores para Algernon”, do roman­cista americano Daniel Keyes (1927-2014). Em junho, foi a vez de “A filha perdida”, da es­critora italiana Elena Ferran­te. Antes, em maio, a discus­são envolveu “Torto arado”, do romancista baiano Itamar Vieira Junior. Em abril, o li­vro escolhido foi “A vida pela frente”, do romancista francês Romain Gary (1914-1980).

Em março, o Clube do Li­vro discutiu “Sobre os ossos dos mortos”, da escritora po­lonesa Olga Tokarczuk, ven­cedora do Prêmio Nobel de Literatura de 2019.

Em fevereiro, teve como tema central a obra “O De­serto dos Tártaros”, do italia­no Dino Buzzati (1906-1972). Em janeiro, o livro escolhido foi “A Elegância do Ouriço”, da romancista e filósofa fran­cesa Muriel Barbery.

O projeto vai até dezem­bro. O debate será transmi­tido na plataforma de reuni­ões Zoom (https://us02web.zoom.us/j/82993931880), com link disponível também na BIO do Instagram da Fun­dação do Livro e Leitura de Ribeirão Preto. Com trans­missão ao vivo também pela plataforma digital da insti­tuição (www.fundacaodoli­vroeleiturarp.com) e YouTu­be (www.youtube.com/user/ FeiraDoLivroRibeirao).

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