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19 de março de 2024 | 3:16
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Coincidências estranhas

Longe de emitir juízo, quero apenas compreender as coin­cidências estranhas divulgadas nas últimas semanas. Antes mesmo de tomar posse, o ex-deputado federal Jean Wyllys (PSol-RJ), dizendo-se ameaçado, deixou o Brasil e parece estar vivendo em Berlim, na Alemanha. Numa entrevista ao Pedro Bial, afirmou que antes andou por Londres e, salvo me engane, também fez algumas passagens pelos Estados Unidos.

Quem assumiu sua cadeira na Câmara dos Deputados como suplente é o ex-vereador pelo Rio de Janeiro, David Miranda (PSol-RJ), coincidentemente casado com o jornalis­ta, co-fundador e editor do Site The Intercept Brasil, Glenn Greenwald, o mesmo que vem fazendo as divulgações dos supostos “vazamentos de mensagens” atribuídas ao ministro Sérgio Moro e ao procurador da Operação Lava-Jato, Deltan Dallagnol.

Outra coincidência é de que os vazamentos se debruçam sobre o julgamento e a condenação confirmada em segunda e terceira instâncias do ex-presidente Lula. Não bastassem as coincidências, os “lulistas” gritam aos quatro ventos de que se faz necessário suspender o ex-juiz Sérgio Moro e, por conseguinte anular os processos que teria julgado “parcial­mente”, especialmente, ou pelo menos, a condenação de Lula, a primeira de outras que certamente estão por vir.

Estas coincidências estranhas me intrigam pelo sensacio­nalismo que grande parte da mídia lhes conferiu. A liberdade de imprensa e de expressão são indiscutíveis. O que precisa de maior atenção são os crimes de invasão da privacidade de autoridades constituídas. Não me sinto habilitado a emitir opiniões jurídicas, mas a grande maioria dos brasileiros é desrespeitada e subestimada quando certos jornalistas tentam subverter a verdade.

A verdade é que o ministro Sérgio Moro protagonizou a maior operação que desvendou o verdadeiro cenário corrup­to entre políticos e empresários poderosos, que há décadas lesaram a Nação, furtando a dignidade, principalmente dos mais pobres de um País que sangra seu povo com impostos, os mais elevados do mundo, sem retorno em prestação de serviços, os mais básicos.

O que dizer então dos encontros do presidente do Supre­mo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, com advogados de 17 réus pela mesma Operação Lava-Jato, entre eles, o próprio ex-presidente Lula, em happy hour regado a uísque? Qual a diferença? Mera coincidência? Venhamos e convenhamos: armação para invalidar a operação que descortinou a corrup­ção sistêmica de uma Nação tão rica quanto desfalcada por um numeroso grupo de homens e mulheres inescrupulosos, precisa ser barrada.

É preciso ouvir a voz dos brasileiros, desde os mais simples, que com os absurdos impostos, “bancam” o en­riquecimento ilícito e sujo de alguns grupos de políticos e empreiteiros até então intocáveis pela justiça. Se o presidente do STF mantém seus encontros constantes com advogados de réus corruptos, não deveria declarar-se “impedido” de julgar as dezenas de habeas corpus que lhe chegam? Não seria igual “crime”, como o que tentam atribuir ao ex-juiz Sérgio Moro? Não estou emitindo juízo de valores, apenas fico intrigado com tantas coincidências estranhas!

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