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20 de abril de 2024 | 5:58
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Com Klara Castanho, Warner Channel lança primeira série original de comédia

Por Ludimila Honorato

Um casal amoroso, aparentemente sem defeitos, que não tem motivos para se separar. Mas a vida não é tão perfeita assim e eis que surge um desafio: Olívia e Marcel precisam forjar um divórcio para salvar o patrimônio da família e garantir o bem-estar dos três filhos – um deles na expectativa de um intercâmbio. Sim, o amor é lindo, mas não paga dívidas.

Com Klara Castanho, Júlia Rabello e Felipe Abib, esse é o enredo da série Mal Me Quer, a primeira coprodução original de comédia lançada pela Warner Channel que estreia nesta quinta-feira, 7, às 19h35, no canal pago.

Enquanto os pais buscam motivos para justificar a separação, que deve parecer real para as outras pessoas, cada um dos filhos – Bruna, Manuela e JP – lida com a situação de um jeito diferente. E engana-se quem pensa que Manu, a mais velha, vai ser a ‘cabeça’ da turma.

“Ela acaba sendo a mais imatura dos três, é a que mais vai fazer birra”, garantiu ao E+ a atriz Klara Castanho, de 18 anos, que na série faz uma personagem de 15 anos. “Ela não abre mão e não liga para os pais. Ela busca desde o início ser independente dos irmãos, sempre busca algo que possa privilegiá-la. Se o divórcio for privilegiá-la, então tudo bem “

Na trama, é Manu quem está ansiosa para fazer um intercâmbio e afirma que, se a separação não afetar essa viagem, tudo bem. Mas assim como ela, nenhum dos outros filhos se abalam com a notícia do divórcio – que também é real para eles – desde que não interfira em suas rotinas.

“Eu acho que nenhum adolescente assume que é rebelde. Foi difícil encontrar relatos de quem se vê igual a Manuela, mas sei que vão se identificar [com ela]. Sempre vai ter uma rebeldia, não necessariamente relacionada a um divórcio [dos pais], que aconteceu na vida e vai se identificar”, disse Klara sobre o que espera de Mal Me Quer e sua personagem.

O último trabalho da atriz na televisão foi na novela Além do Tempo (2015-2016) em que deu vida à Alice, que também vivia a separação dos pais. Sobre se usou a experiência anterior para a personagem de agora, Klara afirma que não. “Elas são muito diferentes. A Alice era muito ligada à mãe, tinha grande carinho pelo pai. Manu é fria, respeita os pais até onde quer, é bem mal-educada.” Segundo ela, Alice tinha uma rebeldia da idade enquanto Manu é motivada pela separação dos pais.

Klara está se mudando para o Rio de Janeiro a trabalho e diz que “está sofrendo” por ficar longe da família, muito diferente de Manu. A única coisa que ela vê em comum com a personagem é a busca pelos próprios objetivos. “Em comportamento, pareço nada. Sou muito ligada aos meus pais, irmãos, não trago nada de casa [para a série]”, afirmou.

Lembrada na televisão por fazer papéis infantis, Klara contou que ainda não sentiu uma transição para personagens mais velhos. “Aconteceram coisas consideráveis, benéficas, mas acho que uma coisa marcante ainda não aconteceu, como me transformar de adolescente para a maioridade. Em nenhum trabalho eu tive a minha idade ou fiz coisas que uma maior de idade poderia fazer”, disse.

Humor ponderado

Júlia Rabello diz que foi abraçada pelo humor. Conhecida pelas esquetes no Porta dos Fundos, a atriz atuou no cinema e, na televisão, fez as novelas A Regra do Jogo (2015-2016) e Rock Story (2016-2017). Embora esteja acostumada com trabalhos humorísticos, Mal Me Quer acaba sendo um novo desafio para ela.

“Se você parar e quiser descansar, a vida fica chata, né? Então, você pode estar sempre se colocando em desafio. Eu acho que isso serve para qualquer coisa. Eu gosto, tento me colocar em desafio em tudo. Tenho muita paixão e não só no humor, não; meu ofício mesmo é o de atriz”, disse ao E+.

Na nova série da Warner Channel, ela interpreta Olívia e considera que a produção fala sobre afeto. “Nós estamos vivendo um momento duro, em que as pessoas estão precisando se comunicar melhor. Uma boa comunicação precisa de afeto.” Diante de um momento difícil como uma separação, o humor ponderado dá liga à trama e permite uma abordagem mais leve da situação.

“É importante saber até onde você vai [com o humor], porque realmente você saber olhar os problemas, a vida com leveza, com bom humor… Acho que as ferramentas para passar por isso são o bom humor, a leveza”, disse Júlia. Mas o bom humor, segunda ela, precisa vir acompanhado de bom senso para que a interpretação não caia no deboche.

Depois que o casal conta para os filhos que estão se separando, Mal Me Quer vai seguir a perspectiva de Olívia e Marcel sobre a situação, sem focar muito nos adolescentes vivendo o problema, contou Júlia. “É muito o casal vivendo essa solteirice ou escondendo”, resume.

Junto a isso, vem a zero romantização do relacionamento, principalmente a partir do momento que o casal começa a descobrir suas diferenças. “A gente tem dois trabalhos: o de romantizar e o de desromantizar. Eu acho que a série usa disso para fazer humor, porque a gente brinca muito com isso também. Os dois começam a descobrir muitas coisas que desromantizam. Eu só não posso ficar dando muito spoiler”, brinca.

Mal Me Quer é uma coprodução da Warner Channel com a Boutique Filmes, tem roteiro de Ana Reber e Rodrigo Castilho, além da produção executiva de Tiago Mello. A série terá seis episódios de 30 minutos.

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